O Programa Estadual de Florestas Plantadas é executado pela Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), com recursos do Programa de Inclusão Social e Desenvolvimento Econômico Sustentável do Estado do Acre (Proacre) e Banco Mundial. Incentivados pela política de fortalecimento da agricultura do governo do Estado, os produtores do Alto Acre resolveram investir no plantio consorciado.
Com experiência de alguns anos na pecuária, Amandio Cogo resolveu aderir ao programa para diversificar a produção em suas terras e atender ao chamado do Estado. “Tenho experiência com café, fui produtor em Minas Gerais durante muitos anos. Temos produto e mercado consumidor”, disse. Cogo já plantou 240 hectares de seringueira e 140 de café em sua propriedade, no Projeto de Assentamento Tupá, na Reserva Extrativista Chico Mendes, em Xapuri.
Por iniciativa própria, o produtor rural resolveu construir um mudário, onde já plantou mais de seis mil mudas de açaí e castanheira. Elas serão plantadas em grande parte dos mais de quatro mil hectares da fazenda. A produção extrativista deve abastecer as indústrias locais, como a fábrica de preservativos Natex, em Xapuri. Atualmente, as lavouras já produzem café, feijão, milho, melancia, maracujá e látex em larga escala.
O secretário de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar, Lourival Marques, disse que o objetivo do programa é incentivar a atividade agrícola do pequeno, médio e grande produtor. “O Estado oferece mecanização e orientação técnica como contrapartida. Precisamos incentivar e manter a atividade extrativista”, declarou. Marques garantiu que nos próximos seis anos serão plantadas um milhão de novas seringueiras, ou seja, mais 2.500 hectares de floresta.
Parceira da Seaprof no programa, a Secretaria Estadual de Pequenos Negócios (SEPN) tem estimulado, por meio da política estadual de incentivo da cultura cafeeira, o plantio consorciado de seringueira e café. O secretário da SEPN, José Carlos Reis, disse que o Acre precisa do grande produtor aliado à agricultura familiar para dar resposta às necessidades que o estado tem de produzir café e látex. “A ideia do governo é fazer com que as pessoas possam plantar mais, aliando outras atividades à sua produção e, assim, obterem uma renda melhor”, afirmou Reis.