Na última quinta-feira, 16, dezenas de estudantes receberam o certificado de conclusão do curso de Introdução à Lógica Computacional e Robótica, no Colégio de Aplicação (CAP), em Rio Branco.
Com duração de um ano, o curso foi realizado pela escola, ligada à Universidade Federal do Acre (Ufac), em parceria com o governo, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Acre (Fapac), com recursos do Ministério das Comunicações e contrapartida do governo do Estado.
Três escolas públicas estiveram representadas pelos estudantes nesse período.
De acordo com o professor Luziel Souza, a execução do projeto foi possível graças à parceria recebida pelas instituições envolvidas, o que é essencial para a utilização de ferramentas educacionais que estimulem a criatividade de crianças e adolescentes, como no caso dos estudantes diplomados – de 6° e 7° período escolar.
“Daqui um tempo saber programar será tão importante quanto aprender a ler e escrever. Esta iniciativa faz parte da contribuição que podemos dar a essas crianças que são um futuro que nós já não veremos, uma geração que já nasce conectada em meio a uma tecnologia que se transforma muito rapidamente”, frisa.
O estudante do CAP Wesley de Moraes falou acerca do curso: “Foi uma boa oportunidade de desenvolver minha mente e entender melhor a tecnologia”.
O pai, Cleyson de Assis, não escondeu o orgulho. “Temos que elogiar esta iniciativa. Fiquei muito feliz em vê-lo participar deste curso, que estimula o interesse por área tão específica da mente. Quem sabe um dia poderei vê-lo desenvolver algum programa inovador, acredito nisso”, disse.
Além de ensinar a programar de forma lúdica, por meio de plataformas desenvolvidas pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), como o Scratch e o LEGO Mindstorm, o material utilizado também é uma forma de incentivar os alunos a aprofundar o contato com a língua estrangeira: o inglês.
De acordo com a coordenadora e professora de inglês Luciana Orgando, foi gratificante ver a forma como eles lidaram com o fato de, muitas vezes, nem precisar utilizar o português. “Em eventos dos quais eles participaram como o Viver Ciência, foi muito prazeroso ver que mais aprendemos do que ensinamos, por que tudo na pontinha dos dedos das crianças parece ser algo muito fácil”, avaliou.
Quem também deu seu depoimento antes de receber o diploma foi Maria Eduarda Azevedo. “Com o curso, eu via que se a gente tivesse terminando um projeto e alguma pecinha estivesse no lugar errado, tinha que voltar e começar tudo de novo. Também é assim a vida da gente”.