O ato de inauguração do Centro de Produção de Alevinos, parte do Complexo Industrial do Peixe que está sendo construído em Rio Branco, contou com a participação de mais de 1.500 produtores rurais. Essa é mais uma etapa na consolidação da Cadeira Produtiva do Pescado. O Programa de Desenvolvimento da Piscicultura do governo do Estado já beneficia diretamente mais de duas mil famílias de produtores rurais – nos 22 municípios do Acre -, com a escavação de mais de 2.800 tanques.
A produtora Francisca Laci Lopes, do sítio Aracati, Ramal 3, Projeto de Assentamento Santa Luzia, em Cruzeiro do Sul, fez questão de viajar quase 600 quilômetros para conhecer a primeira etapa do Complexo Industrial. “Era o que mais a gente queria lá na comunidade. Criar peixe é em primeiro lugar a garantia da alimentação da família, e ainda podemos vender e ter uma renda”, disse.
Como afirma o secretário de Produção, Lourival Marques de Oliveira Filho, além de o mercado de peixes estar em expansão, a piscicultura é garantia de renda o ano todo. Foi pensando nisso que o governo lançou em 2011 o Programa de Desenvolvimento da Piscicultura do Estado, que inclui toda a cadeia produtiva do pescado, desde a produção de alevinos (filhotes de peixe), produção de ração, conservação, beneficiamento, transporte e comercialização do pescado.
Lourival Marques declarou que o Acre tem todas as condições de se tornar o maior produtor de pescado do país. Ele lembrou, no entanto, que para isso é necessária a determinação política e a união do governo federal, do governo estadual, dos municípios e da população. Para o secretário, o desenvolvimento da piscicultura no Estado, em tanques escavados nas propriedades rurais, vai alavancar fortemente a produção acreana.
Representantes de cooperativas, sindicatos e associações de produtores fizeram questão de conhecer de perto o empreendimento, como é o caso do presidente da Cooperativa dos Piscicultores e Produtores Rurais de Tarauacá (Cooptar), Carlos Felix, que explica representar 135 cooperados. “Nós, que moramos no interior, ao conferir que é verdade, que é real o investimento do governo do Estado, sentimo-nos com mais coragem ainda para organizar a categoria porque temos certeza de que essa é uma atividade que dá retorno para o produtor”, explicou.
O jovem Alexandre Maciel, 22, da Colocação Itararé, Reserva Extrativista Chico Mendes, de Brasileia, iniciou a criação de peixe em 2012 após a escavação de um tanque. Ele garante que na sua região os programas dos governos federal e estadual têm levado mais qualidade de vida para a comunidade. “Não é somente para a produção que o governo tem trabalhado. É em todas as áreas. Nós já temos energia também, é bom lembrar”, acrescentou.