Artistas acreanos promovem teatro, música e cinema no Cacimbão da Capoeira

O público pode interagir com a programação através da Tribuna Livre, que estará com o microfone aberto para quem quiser recitar poesias ou ainda fazer o seu protesto (Foto: Talita Oliveira)

O público pode interagir com a programação através da Tribuna Livre, que estará com o microfone aberto para quem quiser recitar poesias ou ainda fazer o seu protesto (Foto: Talita Oliveira)

As bandas Fridas, Maria Joana, Versalles (RO), Mogno, Mapinguari Blues e o músico Ibã Huni Kuin, da etnia Yawanawa, farão um show neste domingo, 25, a partir das 17 horas, no Cacimbão da Capoeira. O público pode interagir com a programação através da Tribuna Livre, que estará com o microfone aberto para quem quiser recitar poesias ou ainda fazer o seu protesto.

Idealizado pela Unidade Coletiva, o evento também agrega performances da Cia de Teatro Garatuja e recebe a colaboração do Festival de Cultura da Diversidade Sexual – edição Mix Brasil Acre. “Exibiremos curtas-metragens no intervalo entre uma atração e outra, mas que não estão na programação deste ano. É só pra deixar um gostinho”, explica Sérgio de Carvalho, organizador local. 

Com mais de 20 anos de atuação, a Cia Garatuja prepara duas apresentações com a participação de cinco atores em cena. “Faremos algo na linha da dança-performance, com caráter crítico, estabelecendo uma relação direta com o meio sócio-político. Na verdade, não demos nome à intervenção justamente para fazer a plateia refletir e interpretar do seu próprio modo”, comenta a dramaturga Reginal Maciel.

Organização – O coletivo congrega público, artistas e produtores culturais que carreguem o interesse de ocupar e movimentar os espaços públicos da capital. Por hora, a reunião ocorre de 15 em 15 dias no Cacimbão da Capoeira. “Quando estive em rio Branco, todos os meus amigos da música foram unânimes ao dizer que a cidade nunca esteve tão parada. Mesmo com tantos lugares pra se tocar, nossa música autoral nunca esteve tão desarticulada”, relata Diogo Soares, vocalista da banda Los Porongas.

Depois de constatado o problema, a reação veio rapidamente. “O George Naylor deu a ideia de fazermos algo no Cacimbão, que ficou lindo depois da reforma. E o Clenilson Batista, que já tinha um projeto de ocupação, gostou da ideia, chegou junto e, assim, a história foi crescendo e ganhando parceiros. Na primeira edição só teve música, agora vai ter cinema, teatro, artes visuais, tudo de forma espontânea e democrática, sem esperar pela ação dos outros”, finaliza.

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