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Na região de Cruzeiro do Sul já foram registrados 37 focos de calor em agosto (Fotos: Onofre Brito/Secom)
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Com a chegada do verão amazônico, cresce o número de focos de calor registrados no Estado. Somente no mês de agosto já foram detectados 37 pontos de incêndio na região de Cruzeiro do Sul. Em todo o Estado, no mesmo período, os focos passam de 600, segundo informação do comandante do Corpo de Bombeiros Militar (CBM) de Cruzeiro do Sul, major Araújo.
Na terça-feira, 20, um grande incêndio consumia a vegetação na AC-407 nas proximidades da Vila Santa Rosa, mas os bombeiros sequer foram acionados. Segundo Araújo, desde que o agricultor peça permissão ao Imac ele tem direito a queimar até dois hectares para pequenas plantações, desde que sejam tomados os cuidados necessários para que o fogo não espalhe.
O que ocorre, segundo Araújo, é que os próprios donos dos terrenos tocam fogo e depois, quando o fogo avança além do previsto, não chamam os bombeiros. Na zona urbana não é permitido nenhum tipo de queimada. “Muitos não têm interesse de acionar o Corpo de Bombeiros, pois são os próprios causadores dos incêndios”, afirmou.
Nesse ano, como nos três anos anteriores, o CBM mantém parceria com o Imac e com o Ibama, por meio do Programa Prevfogo, para o combate aos incêndios florestais. O Ibama disponibiliza para o serviço 15 homens e duas viaturas.
“Com a ajuda da população é possível minimizar perdas materiais e danos ambientais e o prejuízos à saúde com a inalação de fumaça”, comentou Araújo.
No Pronto-Socorro do Hospital do Juruá, ainda não ocorreu aumento significativo de doentes em razão da fumaça, segundo relata a técnica em Vigilância Sanitária Trícia Negreiros. Mas ela explica que normalmente esse tipo de aumento se verifica mais em setembro e outubro.
