Profissionais de saúde são capacitados para o tratamento de pacientes com hepatite C

O governo do Acre por meio do Serviço de Assistência Especializada realizou  uma capacitação destinada aos profissionais de saúde (Foto: Assessoria Sesacre)

O governo do Acre, por meio do Serviço de Assistência Especializada, realizou uma capacitação destinada aos profissionais de saúde (Foto: Assessoria Sesacre)

O governo do Acre, por meio do Serviço de Assistência Especializada (SAE), realizou, na manhã desta terça-feira, 13, uma capacitação destinada aos profissionais de saúde, como médicos, enfermeiros, farmacêuticos, psicólogos e nutricionistas, visando as formas de tratamento de pacientes com hepatite C genótipo 1.

Existem até 11 tipos de genótipos da hepatite em todo o mundo, porém os três tipos mais comuns no Brasil são dos tipos 1, 2 e o 3. O de genótipo 1 é o mais comum entre os pacientes infectados hepatite C, porém, é o mais resistente e mais difícil de tratar.

“O curso tem por objetivo mostrar aos profissionais de saúde, os novos medicamentos que o Ministério da Saúde (MS) liberou”, explica o hepatologista e um dos palestrantes, Marcelo Portugal.

Portugal ressalta que as novas drogas são caras e têm efeitos adversos, agressivos e difíceis de manejar. Por isso, surge à necessidade de ter uma troca de experiência entre os profissionais, já que as hepatites são um problema de saúde pública de todo país.

“É impressionante a forma de como o acesso ao tratamento aumentou, haja vista que, para cuidar de um paciente com hepatite C, não custa menos que 80 mil reais por mês. Isso torna o Brasil o único país da América Latina que oferece esse tipo de tratamento em um sistema público de saúde”, relata o médico hepatologista Raymundo Ferreira Paraná.

No SAE/AC, mais de 50 pacientes já tiveram acesso a essa nova terapia tripla paga pelo governo estadual e outros 19 pelo governo federal. Vale lembrar que o MS só liberou essa medicação em março deste ano.

De acordo com Paraná, a maioria da população brasileira que está infectada com o vírus da hepatite B, C ou D, não sabe ainda que está contaminada. “Essa doença é silenciosa e evolui sem nenhuma manifestação clínica. Na maioria das vezes, quando é diagnosticado, o paciente já está com a doença há muitos anos”, explicou o médico, ao destacar as dificuldades de tratamento por causa do difícil diagnóstico.

O hepatologista explica, ainda, que o Brasil investe alto no combate a doença, em especial, o estado do Acre, que apresenta o maior índice de pessoas contaminadas com o vírus das hepatites. “Graças aos esforços do governo e dos colegas da saúde, estamos enfrentando as barreiras regionais e socioculturais da Amazônia, e tratando cada vez mais são pacientes”, destacou.

Forma de transmissão da Hepatite B e C

Nos dois tipos mais recorrentes (B e C), o contágio pode acontecer pelo contato com sangue, saliva, sêmen e secreções vaginais da pessoa infectada. “Pode ser contraída através de material perfuro-cortante contaminado com o sangue de um portador do Vírus C. Pode ser seringa, agulha, tesouras, alicates de unha, lâminas de barbear e estilete”, alerta o hepatologista Raymundo Paraná.

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