Mulheres em regime prisional participam de oficinas sobre gênero

O objetivo das oficinas é mostrar para as mulheres que estão privadas de liberdade a importância de cada uma (Foto: Assessoria SEPMulheres)

O objetivo das oficinas é mostrar para as mulheres que estão privadas de liberdade a importância de cada uma (Foto: Assessoria SEPMulheres)

Durante duas semanas serão ministradas oficinas no pavilhão feminino da penitenciária Doutor Francisco de Oliveira Conde. Com o tema Ressocialização de Mulheres em Regime Prisional, o projeto é realizado pelo Ministério Público do Acre em parceria com o governo do Estado, por meio da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SEPMulheres), entre outras.

Nesta semana, os encontros serão sobre o Conhecimento do Eu e sobre gênero. A intenção é mostrar para as mulheres que estão privadas de liberdade a importância de cada uma e atentar para a problemática do preconceito, já que muitas delas saem da detenção, mas não conseguem emprego.

“E falar sobre elas mesmas, mostrar as diferença entre os gêneros, vai esclarecer algumas situações. Queremos que elas saibam seus direitos e deveres. E para isso temos que conversar, conhecê-las”, disse a diretora de Direitos Humanos da SEPMulheres, Joelda Pais

“A intenção é de que todas participem, e por isso estaremos durante toda esta semana, pela manhã e pela tarde, conversando, tirando dúvidas, mostrando o que elas podem fazer com os direitos que têm”, explicou a assessora jurídica da SEPMulheres, Ariadne Santos.

A conversa começou animada. Cada uma se apresentou e falou sobre seus sonhos. Em seguida tiveram que escrever três características do homem e outras três da mulher. Ao final, todas puderam dizer o que acharam da atividade. “A mulher precisa ser muito forte. Muito já foi conquistado, mas é preciso mais. O mundo ainda é  machista”, disse Lídia *. “A mulher tem que ser valorizada. Não podemos deixar que nos usem. Muita coisa do que ouvi aqui nem sabia que eu tinha direito. Acho que só todas nós soubéssemos o nosso papel antes, não estaríamos aqui. A vida vai ensinando e a gente vai aprendendo”, desabafou Maria *.

Os nomes são fictícios para preservar a identidade das entrevistadas.

Compartilhe:

WhatsApp
Facebook
Twitter