Como parte da programação do 13º Fórum de Governadores da Amazônia Legal, secretários e representantes das pastas de Meio Ambiente da região se reuniram nesta quinta-feira, 26, em Macapá (AP), para discutir ações concretas de preservação ambiental aliadas ao desenvolvimento econômico e social.
O Brasil inteiro tem se comprometido com políticas ambientais de baixo carbono a longo prazo, com a meta de diminuir em 80% o desmatamento ilegal no país até 2020 e zerar essa taxa até 2030.
A ideia agora é fazer com que o meio ambiente e o setor agropecuário caminhem juntos, com a difusão de técnicas modernas na Amazônia que evitem o desmatamento e aproveite áreas abertas, além de mecanismos financeiros para pagamento de performances por redução do desmatamento, áreas em que o Acre é pioneiro e possui reconhecimento nacional e internacional pelas boas práticas.
Para o secretário de Meio Ambiente do Acre, Carlos Edgard de Deus, é o momento de unir esforços entre os vizinhos amazônicos para que o desenvolvimento sustentável se concretize em toda a região.
“É muito importante o resultado obtido nesse fórum em que o principal foco foi a união dos estados junto com o governo federal, para que a gente possa combater o desmatamento na Amazônia. Temos um encaminhamento que vai criar as condições objetivas para recuperar áreas degradadas e incentivar a manutenção da floresta em pé”, conta Edgard.
Avanços necessários
A maior parte do encontro dos secretários focou na necessidade de as políticas públicas do artigo 41 do Código Florestal Nacional avançarem. No documento, fica claro que é de responsabilidade do Executivo federal a criação de um programa de apoio e incentivo à conservação do meio ambiente, bem como a adoção de tecnologias e boas práticas que conciliem a produtividade agropecuária e florestal.
A presidente do Instituto de Mudanças Climáticas do Acre, Magaly Medeiros, apresentou o avanço do Acre no programa Redução de Emissões do Desmatamento e Degradação Florestal, ou REDD+, em que recursos foram repassados ao estado por meio do banco alemão KfW.
Para Magaly, o encontro ofereceu contribuições para o trabalho conjunto pela Amazônia. “Tivemos aqui boas estratégias para que a gente possa recuperar, restaurar e monitorar o desmatamento. Agora, os governadores vão se organizar junto aos secretários de Meio Ambiente para apresentar propostas para o governo federal que garantam a preservação ambiental como uma oportunidade de crescimento para o Brasil”.
Reconhecimento
Anfitrião do encontro, o secretário de Meio Ambiente do Amapá, Marcelo Creão, acredita que a reunião foi bastante positiva, mostrando o crescimento do Fórum de Governadores, além do papel especial que o Acre ocupa em políticas ambientais.
“O Acre, não só em nível amazônico, mas em nível nacional, é tido como uma referência ambiental. A outorga que muitos estados, até mesmo amazônicos, ainda não implementaram, o Acre já implementou. É um estado muito avançado nas discussões e nas concepções modernas de ativos ambientais, trazendo mecanismos de governança que fazem com que o Fórum tenha um grande portfólio”, disse Creão.