A grande vencedora do 6º Torneio Leiteiro da Expoacre foi a vaca Morena, do produtor Antônio Vieira. A produção foi de 42 quilos (medida padrão utilizada em concursos nacionais). A competição é uma forma de incentivar a bacia leiteira a melhorar a genética dos animais e investir em tecnologias no campo para aumentar a produção acreana. O desafio é chegar a um milhão de litros por ano.
Morena foi um investimento que valeu a pena, conta o proprietário do animal. “Para quem tem uma propriedade pequena a melhor saída é o gado leiteiro. Vendi as vacas de corte que tinha e investi na produção leiteira e pra mim valeu muito a pena. Com a vaca branca eu conseguia um bezerro por ano, e com a vaca leiteira o lucro é de seis bezerros por ano”, disse o produtor Vieira.
O secretário da Produção. Lourival Marques, explica que todos os produtores que participaram do torneio já acessaram as políticas públicas para o setor produtivo. “E os investimentos no campo não param. Já foram entregues 145 ordenhadeiras mecânicas, que otimiza o trabalho do produtor, e agora estamos entregando os seis primeiros tanques de resfriamento para a bacia leiteira. Serão 135 em todo o estado, alguns para produtores individuais, outros para grupos e há ainda para cooperativas, dependendo da capacidade do equipamento. Esta é uma forma de trazer tecnologia para o campo e potencializar a cadeia produtiva do leite”, disse.
O governador Tião Viana desafiou o setor produtivo a chegar à produção de um milhão de litros de leite por ano. “Nós compramos R$ 10 milhões em litros de leite todos anos e esse investimento poderia ser feito na nossa produção. O que precisa é a nossa união e um trabalho adequado que começa a partir da escolha do capim da pastagem. Nós queremos que a produção leiteira seja a grande distribuidora de renda no campo”, disse o governador.
A média de produção de leite por animal no Acre é de três litros por animal. O médico veterinário da Secretaria de Agropecuária (Seap), explica que nos torneios chega-se à marca de trinta a quarenta litros graças a um trabalho exclusivo que é feito com cada animal competidor. “Isso é importante para melhorar a qualidade genética do rebanho. Um animal deste pode ter seu material vendido, aumentando a renda do produtor”, explicou.
Durante a solenidade também foram entregues os certificados de conclusão dos cursos de informática e processamento de peixes – com 27 participantes que poderão ser aproveitados tanto na Fábrica de Processamento de Peixe do Bujari quanto no Complexo Industrial do Peixe em Rio Branco.
O torneiro leiteiro tem a premiação de seis mil reais, dividida entre os proprietários dos animais.
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