Feira de Economia Criativa: uma mostra de produtos artístico-culturais

Artesãs Plácido de Castro mostraram peças confeccionadas com materiais recicláveis e outros (Foto: Assessoria FEM)

Artesãs Plácido de Castro mostraram peças confeccionadas com materiais recicláveis e outros (Foto: Assessoria FEM)

Plácido de Castro, cidade com forte apelo cultural, artístico e histórico, vive sua primeira experiência com a Feira de Economia Criativa. Artesãos e artistas ocuparam a Praça dos Seringueiros para a mostra de seus produtos. O público viu de perto todo o potencial que o município tem para oferecer. A programação agregou ainda apresentações dos grupos de dança Elythe e Pro Jovem e da dupla de repentistas Faísca e Espoleta.

Como um simples piloto que pretende trabalhar a partir dos eixos do programa Criativa Birô, do Ministério da Cultura, a Feira de Economia Criativa, projeto da Caravana de Cultura e Humanização, tem criado um espaço para que artistas e fazedores de cultura possam expor e comercializar seus produtos. Outra ideia é o de mapear informações sobre a cadeia produtiva da cultura no Estado.

A maioria das artesãs fazia sua estreia disponibilizando produtos numa feira. Lucineia de Oliveira é uma delas. Há dois anos cria peças de cama, mesa e banho, e pela primeira vez teve oportunidade de divulgar sua arte.

Grupo Elythe mostrou o trabalho que desenvolve com a dança no município (Foto: Assessoria FEM)

Grupo Elythe mostrou o trabalho que desenvolve com a dança no município (Foto: Assessoria FEM)

“Pra nós é muito bom. Mesmo que não venda nada agora, aqui a gente pode tornar o que fazemos conhecido. Só vendo minhas coisas em casa”, comenta a artesã, que confessa ter aprendido tudo ‘na marra’. “Não têm como ser diferente pra nós, a gente é curiosa, nós, mulheres, e aí, vamos aprendendo umas com as outras.”

Cecília Pereira Vieira cria peças artesanais há 18 anos. Ela também fez sua estreia na feira. Com seus trabalhos em crochês e com a arte de reciclagem, ela viu com bons olhos a ideia de que sua cidade crie um projeto baseado na Feira de Economia Criativa.

“É uma forma de divulgarmos o que fazemos. Temos muitos talentos aqui em várias áreas. Essa é uma nova possibilidade para nós. Não foi preciso muito e fizemos a nossa primeira”, disse. Cecília também aproveitou para apontar alguns caminhos que podem servir para fortalecer a produção.

Lucineia de Oliveira cria peças de cama, mesa e banho, e pela primeira vez teve oportunidade de divulgar sua arte (Foto: Assessoria FEM)

Lucineia de Oliveira cria peças de cama, mesa e banho, e pela primeira vez teve oportunidade de divulgar sua arte (Foto: Assessoria FEM)

“Já existiu um programa chamado Amazon Crédito que incentivava a compra de matéria-prima. Seria muito bom que a partir dessas iniciativas fosse criado algo assim, pra que possamos trabalhar melhor o nosso produto, e torná-lo atrativo cada vez mais. Uma feira como essa é algo maravilhoso.”

Plácido de Castro mostrou o seu valor. “Tivemos dança e repente, que fizeram a animação de centenas de pessoas que se espremiam para prestigiar os artistas. Os repentistas fizeram uma homenagem especial, um repente para a caravana. É muita energia e um turbilhão de ideias para continuar com a feira. Queremos promover e difundir, a partir desse mapeamento que estamos fazendo com a caravana, toda a cadeia produtiva da cultura e também criar rodadas de negócios e buscar parceiros para estarmos juntos”, comenta Elineide Medeiros, coordenadora do projeto.

Caravana de Cultura e Humanização

É uma ação do governo do Estado, por meio da Fundação de Cultura Elias Mansour e Diretoria de Humanização da Gestão. A caravana acontece em todas as cidades acreanas. Uma ideia que pretende estimular e valorizar práticas culturais, artísticas e de humanização, além de trabalhar na construção de políticas públicas do governo do Estado. Um leque de oficinas é oferecido, além da Feira de Economia Criativa.

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