Deracre celebra 50 anos enfrentando os desafios do isolamento para integrar o Acre

No cinquentenário do órgão, o governador Tião Viana promoveu uma confraternização com trabalhadores da BR-364 em Feijó (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

No cinquentenário do órgão, o governador Tião Viana promoveu uma confraternização com trabalhadores da BR-364 em Feijó (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

Com a missão de integrar o Acre por meio de estradas e ramais enfrentando os desafios de um Estado que tem em sua maior parte do território florestas nativas, o Departamento de Estradas e Rodagens do Acre (Deracre) foi criado há 50 anos.

Nesta sexta-feira, 26, data do cinquentenário do órgão, o governador Tião Viana, vice-governador César Messias e o diretor-presidente do Departamento, Ocírodo Júnior promoveram uma confraternização com trabalhadores da obra no acampamento do Massipira, em Feijó.

"Tenho muito orgulho da história do Deracre, mas principalmente da história dos seus trabalhadores", disse Tião Viana (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

“Tenho muito orgulho da história do Deracre, mas principalmente da história dos seus trabalhadores”, disse Tião Viana (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

“Tenho muito orgulho da história do Deracre, mas principalmente da história dos seus trabalhadores. O Deracre não é feito por máquinas. O Deracre é feito por pessoas que se dedicam ao trabalho e abrem mão, muitas vezes, de suas famílias para estarem em trechos das rodovias e ramais”, declarou Tião Viana.

Ocírodo Júnior fez uma analogia numérica ao falar dos 50 anos da autarquia. “Se somarmos os números 364, que é o que identifica a nossa maior obra, a BR-364, o resultado é 13 e estamos no ano de 2013 e no ano em que o Deracre completa seus 50 anos. Isso não é uma coincidência, não é por acaso. Nesses 50 anos nosso maior desafio é concluir a BR como presente para o nosso estado”, disse Júnior.

O diretor-presidente contou que os melhores servidores, apoiadores do Departamento estão atualmente trabalhando nos trechos das obras da BR-364. “Eu só tenho a agradecer aos nossos trabalhadores que largam suas famílias e se isolam aqui nesses trechos da rodovia para realizar esse projeto que é ver a BR concluída”, disse Ocírodo Júnior.

“Eu só tenho agradecer aos nossos trabalhadores que largam suas famílias e se isolam aqui nesses trechos da rodovia para realizar esse projeto que é ver a BR concluída”, disse Ocírodo Júnior (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

“Eu só tenho agradecer aos nossos trabalhadores que largam suas famílias e se isolam aqui nesses trechos da rodovia para realizar esse projeto que é ver a BR concluída”, disse Ocírodo Júnior (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

Durante a celebração, Tião Viana visitou as obras no trecho entre Feijó e Manoel Urbano. A expectativa é que as ações de melhorias na rodovia sejam intensificadas com a redução do período de chuvas e a chegada do verão amazônico.

Homens que fazem a história

Entre os servidores mais antigos do Deracre está o engenheiro Fernando Moutinho, que trabalha há mais de 40 anos na autarquia. Moutinho afirmou que o mais se destaca nessa trajetória é o espírito aguerrido dos trabalhadores que ajudam, diariamente, a construir essa história.

Entre os servidores mais antigos do Deracre está o engenheiro Fernando Moutinho (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

Entre os servidores mais antigos do Deracre está o engenheiro Fernando Moutinho (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

“O que a gente vê é o sacrifício e diria até, por vezes, o espírito de heroísmo ou até de loucura que nós temos, porque muitas vezes nós abandonamos a família, deixamos tudo da vida pessoal para trás para abrir caminhos, para dar condições de trafegabilidade às rodovias e ao mesmo tempo a gente sente a satisfação pelo dever cumprido”, conta o engenheiro.

Outro servidor que se dedica as missões do Departamento de Estradas e Rodagens é Antônio Lima de Melo, o Paraná.

“Estou há 15 anos aqui no Deracre trabalhando na BR-364, desde o começo do mandato de Jorge Viana, um dos heróis da história do Acre, que começou a tirar o Acre do isolamento. Nós vivíamos isolados. Muitas mães de família morreram de parto, sendo carregadas em redes tentando sair aqui de Feijó e não chegavam a lugar nenhum. As pessoas não tinha como sequer escoar seus produtos. As coisas mudaram com Jorge Viana, depois veio o Binho e agora o nosso governador Tião Viana. Essa estrada nunca mais fechou e ela está trazendo desenvolvimento para nós, para as famílias que vivem aqui”, afirmou Paraná.

A integração sonhada

O prefeito de Feijó, Mêrla Albuquerque, destacou que a maior marca do Deracre é a construção da rodovia que interliga Rio Branco ao Juruá (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

O prefeito de Feijó, Mêrla Albuquerque, destacou que a maior marca do Deracre é a construção da rodovia que interliga Rio Branco ao Juruá (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

O prefeito de Feijó, Mêrla Albuquerque, destacou que a maior marca do Deracre é a construção da rodovia que interliga Rio Branco ao Juruá.

“Essa obra é mais que um acesso para os municípios, para o resto do Brasil. Essa obra tem um valor social muito grande para o povo que vive nas cidades que ficam à sua margem. Ela nos tirou do isolamento, trouxe melhoria de vida”, comentou o prefeito.

Élson Santiago, presidente da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), frisou que as comunidades que vivem em municípios interligados pelas estradas feitas pelo Deracre também ganham com a redução de preços dos produtos comercializados. Em Cruzeiro do Sul, por exemplo, Élson Santiago lembrou que há menos de três anos o quilo do tomate na cidade custava quase R$ 10 e hoje é possível comprá-lo por menos de R$ 2 o quilo.

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