Agentes socioeducativos encerram curso de Intervenção Tática

A turma recebeu instruções de agentes penitenciários com experiência em intervenção tática (Foto: Leonardo Carvalho)

A turma recebeu instruções de agentes penitenciários com experiência em intervenção tática (Foto: Leonardo Carvalho)

Encerrou-se nesta segunda-feira, 15, o Curso de Intervenção Tática certificado pelos Centros Integrados de Educação Pública (CIEPs) para a primeira turma de agentes socioeducativos. Durante a carga horária de 168 horas, os 31 concluintes receberam orientações para saber como agir em situações de crise. A ação é oriunda da parceria entre o Instituto Socioeducativo do Acre (ISE), o Instituto de Administração Penitenciária (Iapen) e o Sindicato dos Técnicos e Agentes em Ações Socioeducativas (Sintase).

Servidores e familiares dos agentes socioeducativos prestigiaram o evento. Uma conquista para a categoria, segundo a socioeducadora Chistiane Silva. “Estou muito satisfeita com tudo o que vivenciamos durante esses dias de capacitação. Agora, eu me sinto preparada para várias situações. O fato é que nunca sabemos quando vamos precisar utilizar esses conhecimentos, mas já nos sentimos mais seguros para agir”, declarou.

O curso englobou informações do conteúdo programático com noções de Direitos Humanos, do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase), uso da tonfa, técnicas do uso de algema e defesa pessoal. Os agentes também participaram de duas simulações dentro das unidades, com a colaboração dos adolescentes, relata o instrutor do Iapen, Kelfren Carvalho.

Agentes socioeducativos participaram de simulações reais para saber como reagir em caso de uma rebelião, por exemplo (Foto: Leonardo Carvalho)

Agentes socioeducativos participaram de simulações reais para saber como reagir em caso de uma rebelião, por exemplo (Foto: Leonardo Carvalho)

“O curso surpreendeu todos os limites esperados, tanto que até as mulheres participaram das contenções realizadas com os homens. Fizemos duas missões reais nas unidades socioeducativas Santa Juliana e Aquiry, todas com cautela e segurança. Todas as revistas foram efetuadas com sucesso, e os adolescentes em conflito com a lei colaboraram bastante”, relatou.

Para o chefe da Divisão de Meio Fechado, Leonardo Carvalho, os benefícios técnicos podem garantir melhor rendimento da categoria. “Ao passo que adquirem conhecimento e aquisição de equipamentos, eles ganham mais segurança em agir e garantir a integridade física de todos do meio socioeducativo. É muito importante a própria parceria com o Iapen, que disponibilizou os instrutores, o sindicato e a direção das unidades”, afirma.

De acordo com o presidente do ISE, Henrique Corinto, o meio com que esses profissionais trabalham é naturalmente tenso, mas tê-los em um nível de preparação adequada colabora no exercício da função. “A ideia é boa, porque estimula e anima a equipe a entrar renovada no dia a dia e dar uma resposta para esses momentos que podem acontecer. Em caso de situações de crises, o grupo está mais instruído e capacitado para saber como agir com segurança.”

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