O governo do Estado contratou, por meio da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), quatro instituições: SOS Amazônia, Grupo de Pesquisa e Extensão em Sistemas Agroflorestais do Acre (Pesacre), Centro dos Trabalhadores da Amazônia (CTA), e Assessoria e Consultoria Ambiental e Empresarial da Amazônia Ltda. (Ekoar) para atender 3,3 mil famílias do Alto Acre ao Juruá recebendo Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater).
Por meio do Programa de Inclusão Social e Desenvolvimento Econômico Sustentável do Acre (Proacre) e do Programa Fundo Amazônia, as ações de assistência técnica e extensão rural contam com a contribuição de entidades não governamentais que historicamente atuam com os produtores familiares.
O primeiro termo aditivo aos contratos está sendo elaborado. Contudo, para não perder de vista o foco da Assistência Técnica (Ater), o secretário Lourival Marques Filho tem ouvido os produtores rurais, que estão avaliando os resultados das atividades que prevê assisti-los por meio de orientações técnicas, oficinas de capacitação, organização comunitária e outras atividades desempenhadas pelos extensionistas.
Lourival Marques Filho não acredita que a gestão pública se dê em gabinetes nem que o planejamento seja feito sem ouvir os beneficiários. Diariamente ele está no campo acompanhando os técnicos extensionistas em suas atividades ou mesmo visitando propriedades, ouvindo os produtores e acompanhando de perto as ações voltadas para o setor de produção agrícola que fazem parte do programa de governo Tião Viana.
“Essa é uma orientação, inclusive, do governador Tião Viana. Devemos ouvir os produtores porque, por meio de seus relatos, balizamos nossas atividades com objetivo de promover melhor qualidade de vida com incremento e diversificação da produção familiar”, enfatiza Marques.
Aliado à assistência técnica em Terras Indígenas, promovida pelos Agentes Agroflorestais Indígenas (AAIs), a Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof) conta com mais de 900 servidores envolvidos direta e indiretamente na assistência técnica e extensão rural. “Dialogar e compreender as potencialidades e demandas dos produtores é uma das tarefas realizadas pelos extensionistas rurais”, afirmou Lourival Marques Filho.
Cabe à Seaprof acompanhar o produtor familiar – desde as orientações técnicas, fomento com insumos e equipamentos agrícolas – até a tomada de crédito junto às entidades bancárias credenciadas. A meta até o fim de 2014 é atender 20 mil famílias produtoras rurais, com incentivo ao fortalecimento da segurança alimentar e ampliação da área de abrangência.
“Nosso corpo técnico é qualificado. Muitos são pioneiros na assistência técnica e extensão rural, verdadeiras testemunhas do crescimento socioprodutivo do Estado”, ressalta.
A mecanização agrícola e a piscicultura estão atuando com 100% de sua capacidade operacional. A meta para este ano é construir 1.500 tanques para piscicultura e beneficiar 34.400 hectares com destoca e gradagem e para o enriquecimento do solo está prevista a distribuição de quatro mil toneladas de calcário.
“O resultado dos investimentos e da atuação da equipe técnica se reflete nos vários segmentos da vida do produtor, hoje é possível notar que existe uma maior rentabilidade, com a diversificação da produção e com menor emprego de força física na lida no campo, o que ajuda na sua saúde e permite que seus filhos possam estudar durante o dia, o que vem gerando um ciclo virtuoso”, afirma.
Nesta semana, Lourival Marques esteve no município de Sena Madureira conversando com gestores públicos e produtores. Em visita a propriedade de Edmilson Costa de Souza, que possui a Colônia São João, localizada no quilômetro 46 da rodovia BR-364, viu com satisfação resultado do investimento que o governo do Estado vem fazendo na área de mecanização agrícola. Edmilson foi beneficiado com a mecanização e destoca de 10 hectares dentro do Programa de Florestas Plantadas para o plantio de seringueiras consorciadas com frutíferas como a banana e o mamão.
“Já estou ganhando algum dinheiro com a venda de bananas e mamão. Minha filha vende uma média de 100 cachos por semana. Agora aguardo a aprovação de crédito para a compra de um caminhão. Economizarei o frete e com certeza minha situação vai melhorar ainda mais”, avalia o produtor.
A caminhada segue. Nos próximos dias serão vistoriados os trabalhos de segurança alimentar e abastecimento local e as ações das cadeias produtivas, com intuito de aferir a eficiência, eficácia e efetividade das políticas públicas desenvolvidas pelo setor produtivo do Estado e realizar possíveis ajustes, de acordo com as especificidades dos produtores familiares das regiões próximas aos centros urbanos até as mais remotas e de difícil acesso.