Agentes socioeducativos iniciam curso de Intervenção Tática

 

O curso foi dividido em turmar. O intuito é levar a capacitação também para os agentes do interior do Acre (Foto: Brenna Amâncio)

O curso foi dividido em turmas. O intuito é levar a capacitação também para os agentes do interior do Acre (Foto: Brenna Amâncio)

Um grupo de agentes socioeducativos iniciou nesta sexta-feira, 12, o curso de Intervenção Tática em Ambiente Socioeducativo, nos Centros Integrados de Educação Pública (CIEPs), em Rio Branco, com carga horária de 36 horas. A ação é proveniente da parceria entre o Instituto Socioeducativo do Acre (ISE), o Instituto de Administração Penitenciária (Iapen) e o Sindicato dos Técnicos e Agentes em Ações Socioeducativas (Sintase).

O objetivo é capacitar os socioeducadores para que saibam gerenciar situações de crise, afirma o instrutor Kelfren Carvalho. “Esperamos que o servidor aja de acordo com as técnicas de defesa e de estabilidade do sistema socioeducativo. Esses agentes vão aprender a gerenciar crises, de acordo com as leis do Estatuto da Criança e do Adolescente. Com isso, em caso de rebelião, por exemplo, a intervenção do BOPE só será utilizada em último caso, já que os próprios servidores estarão preparados para diversas situações”, explica.

O agente penitenciário Alessandro Rosas, um dos responsáveis por ministrar o conteúdo do curso, garante que as duas instituições, ISE e Iapen, podem interagir na troca de experiências. “Vamos repassar a eles os fundamentos e princípios básicos de segurança, que nós buscamos em cursos realizados em Brasília, São Paulo e Minas Gerais. Estamos aqui para somar.”

 

Socioeducadores são preparados para situações de crise (Foto: Brenna Amâncio)

Socioeducadores são preparados para situações de crise (Foto: Brenna Amâncio)

Segundo o diretor do Centro Socioeducativo Aquiry, Wilkerson Avilar, os investimentos em capacitação ajudam a tornar o interior das unidades mais seguro. “Os parceiros envolvidos aqui, em reunião, resolveram fazer um curso de intervenção tática. Com isso, esperamos construir a identidade verdadeira do socioeducador. Que ele saiba das suas atribuições e, principalmente, que saiba como agir em situações de crise.”

 

A socioeducadora Gleiciane Lima, que atua no Centro Socioeducativo Mocinha Magalhães, defende a continuação de cursos que visam formar os agentes. “Estamos recebendo instruções para desenvolver melhor o nosso trabalho dentro da unidade. Nós precisamos estar sempre passando por capacitação para termos a certeza do que fazemos na execução do nosso trabalho. Esse curso tem grande valia, pois, no dia a dia, na nossa realidade, as situações de crise são imprevisíveis e o preparo é primordial.”

De acordo com o presidente do ISE, Henrique Corinto, o objetivo é levar o curso também para os servidores das unidades do interior. “Ainda estamos estudando como isso será feito. De qualquer forma, o nosso intuito é de que todos os envolvidos na área de segurança recebam essa formação”, explica.

O conteúdo programático engloba noções de Direitos Humanos, do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase), uso da tonfa (espécie de cassetete), técnicas do uso de algema, defesa pessoal, intervenção tática e simulação real.

Ao final do curso, os concludentes receberão certificados emitidos pelo CIEPs. Além disso, a formação é reconhecida como da área de interesse do instituto para fins de habilitação e processo de promoção, de que trata o Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR), nos termos da lei n° 2.179, de 10 de dezembro de 2009.

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