O governo do Estado entregou equipamentos agrícolas para 370 famílias de moradores dos rios Liberdade, Gregório, Tauari e Acuráua, em Tarauacá, por meio do Programa de Fortalecimento de Cadeias Produtivas Prioritárias. Centenas de ribeirinhos participaram do ato de entrega, que aconteceu na Escola Magia do Saber, situada nas proximidades da ponte sobre o Rio Liberdade.
A ação foi planejada no sentido de apoiar as famílias que sofreram com as fortes chuvas que caíram na região das florestas públicas estaduais no mês de março. Naquele mês, o Rio Liberdade teve a maior enchente de sua história, com a destruição de muitas casas de ribeirinhos e perda de grande parte de safra agrícola, especialmente a mandioca, utilizada para produzir farinha, que vem a ser a mais importante atividade econômica da região. Nos demais rios, embora a alagação não tenha sido tão grande, também houve perdas consideráveis.
No total foram entregues 133 kits para casa de farinha, cada um deles composto por motor estacionário, bola de caititu para ralar mandioca, correia, chapa e caixa d’água. Além disso, foram entregues 50 roçadeiras e 370 unidades dos seguintes equipamentos: enxada, facão, cavadeira tipo boca de lobo, plantadeira manual, machado, pá de bico e lima chata.
As diretorias das associações existentes na região colaboraram com a Secretaria de Estado da Indústria, Comércio, dos Serviços Sustentáveis (Sedens), que toca vários programas relacionados às florestas estaduais, no sentido de identificar os mais necessitados e fazer o cadastro.
Apoio à agricultura
O secretário Edvaldo Magalhães prestigiou o evento e contou que o governador Tião Viana deveria estar presente, mas teve que deslocar-se para Brasília, atendendo convite da presidente Dilma Rousseff. O governador foi representado pelo assessor Itamar de Sá. Vários presidentes de associações estiveram presentes, além do vereador José Sideni das Chagas, de Tarauacá, e Valdemir Neto e Iria Mattos, de Cruzeiro do Sul. Segundo Magalhães, embora esta entrega esteja relacionada com a alagação sofrida pela região, o programa de fortalecimento é permanente.
A presidente da Associação Fortaleza Acreana, Maria Élida Silva Mesquita, pediu ao secretário Magalhães que transmitisse ao governador sua satisfação em ver que o governo realmente voltou os olhos para aquela população sofrida, em seu pior momento. O presidente da Associação São Francisco de Assis, Cleomilton Rocha de Oliveira, também expressou seu contentamento: “O governador tem atenção especial com a população da floresta.”
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Tarauacá, Inês dos Santos, contou que durante a alagação foram perdidos cerca de dois milhões de pés de mandioca, e reconheceu o empenho do governo em prol da zona rural: “Tenho orgulho de dizer que este é o melhor governo que já tivemos para a zona rural”.
A agricultora Maria José Nunes Aguiar contou que durante a alagação perdeu tudo em casa e no roçado. Ela disse ter ficado reconhecida pelo apoio que o governo deu aos moradores desde então. “Perdemos toda nossa produção e vivemos apenas do Bolsa Família, mas com os equipamentos e o incentivo do governo vamos replantar tudo e aprumar a vida novamente”, declarou.
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