No Juruá, Centro Especializado de Atendimento à Mulher atende vítimas de violência

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As mulheres atendidas pelo centro participam de palestras, rodas de conversas e cursos profissionalizantes (Foto: Onofre Brito)

Criado em 2006, o Centro de Referência Especializado de Atendimento à Mulher – Vitória Régia, de Cruzeiro do Sul, desenvolve ações de prevenção e enfrentamento à violência doméstica e sexual contra as mulheres da região do Juruá.

A instituição é ligada à Secretaria de Política para as Mulheres (SEPMulheres) e à Rede Reviver, integrada pelo Ministério Público Estadual, Casa de Abrigo do Juruá, Delegacia da Mulher, Creas, Projeto Vida Nova, Hospital da Criança e da Mulher (Maternidade), Juizado da Infância e Juventude, Conselho Tutelar e Central de Atendimento à Mulher.

De acordo com Rosalina Souza, coordenadora do Centro Vitória Régia e da Rede Reviver, cerca de 20 mulheres são acolhidas por mês no centro. As demandas levantadas são encaminhadas para a instituição competente.

“Nosso papel é acolher essas mulheres vítimas de violência e dar todo o apoio necessário para a superação. Nossas ações visam o empoderamento da mulher por meio de capacitações e cursos profissionalizantes, além dos nossos debates sobre a temática, nos quais elas trocam experiências e acabam encorajando outras vítimas a denunciar a agressão”, disse a coordenadora.

Fabiana de Almeida, de 36 anos, é mãe de quatro filhos e foi vítima de violência doméstica pelo ex-companheiro. A dona de casa conta que, por iniciativa própria, registrou boletim de ocorrência e fez todos os procedimentos da Lei Maria da Penha.

Hoje ela frequenta o Centro Vitória Régia para apoio social e psicológico. “Eu compartilho com as mulheres daqui o que aconteceu comigo, com a intenção de encorajá-las a fazer o mesmo”, contou.

Fabiana e mais 14 mulheres participam atualmente de um curso de bordado em camisetas, uma parceria do centro com a Secretaria de Cultura de Cruzeiro do Sul.

A equipe do centro se prepara para realizar, durante os dias 6 e 7 deste mês, as atividades relacionadas aos 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres.

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