Proerd capacita alunos da rede pública para mantê-los longe das drogas

O Proerd existe desde 1999 e já capacitou mais de 100 mil alunos contra as drogas (Foto: Angela Peres/Secom)

O Proerd existe desde 1999 e já capacitou mais de 100 mil alunos contra as drogas (Foto: Angela Peres/Secom)

O Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd) existe no estado desde 1999 e já formou mais de 100 mil alunos até o final de 2012. Voltado principalmente para as escolas da rede pública de ensino, o Proerd atende crianças do primeiro ao sétimo ano do ensino fundamental, além de trabalhar na conscientização dos pais. O objetivo é manter as novas gerações livres do uso das drogas e de qualquer tipo de violência.

Nesse trabalho, que atinge por ano cerca de 10 mil alunos, estão envolvidos 18 policiais instrutores. Eles são treinados para transmitir à comunidade escolar as informações dos riscos advindos do envolvimento com as drogas. O atendimento nas escolas fica dividido por semestre, com a duração de três meses. Os encontros, uma vez por semana, já fazem parte do currículo escolar dos alunos até o ato da diplomação.

Adriano da Silva, coordenador do programa no Acre (Foto: Angela Peres/Secom)

Adriano da Silva, coordenador do programa no Acre (Foto: Angela Peres/Secom)

Segundo o coordenador do programa, Adriano da Silva, a última pesquisa envolvendo o Proerd teve resultados satisfatórios para o estado. “A última divulgação em 2008 teve um saldo bastante positivo para a sociedade e a Polícia Militar, porque a maioria das crianças que passaram pela capacitação do Proerd não tiveram envolvimento com as drogas, o que nos motiva a continuar o trabalho que realizamos”, afirma o tenente.

Preparar as crianças para uma realidade além dos muros da escola é o desafio diário desses profissionais. “Há  muitos casos de crianças que mesmo antes de chegarem ao quinto ano já têm envolvimento com as drogas e nos entristece saber que na maioria das vezes o mau exemplo está dentro da própria casa, mas mesmo assim, ganhamos a confiança dessas crianças e nos esforçamos ao máximo para mudarmos as configurações em que elas se encontram; na minha concepção o nosso trabalho é um trabalho de formiguinha, uma pequena semente que colabora na formação desses futuros jovens e será válido para a sociedade”, conclui.

Agora é a vez dos alunos do 5° ano do Colégio Instituto São José participarem do curso, ministrado pelo sargento Uebston D’ávila. As aulas interativas vão além das palestras, lições e cartilhas, envolvendo os pequenos em apresentações de teatro e outras dinâmicas. Todas as quintas-feiras, eles aprendem a dizer não ao álcool, cigarro, inalantes, maconha e outras drogas.

“Além de aprender aqui, eu também falo pra minha irmã em casa e pros meus amigos sobre os riscos das drogas”, explica Clara Beatriz Vieira (Foto: Angela Peres/Secom)

“Além de aprender aqui, eu também falo pra minha irmã em casa e pros meus amigos sobre os riscos das drogas”, explica Clara Beatriz Vieira (Foto: Angela Peres/Secom)

“A gente aprende a sair de situações onde alguém oferece álcool e outras drogas, é muito importante”, diz a aluna Raianny da Silva de Jesus.

“Além de aprender aqui, eu também falo pra minha irmã em casa e pros meus amigos sobre os riscos das drogas”, explica Clara Beatriz Vieira.

“As aulas são muito importantes porque as drogas fazem muito mal pra saúde e podem até matar”, afirma Lincoln Farias.

O professor Uebston explica a importância da formação para a turma, que receberá certificado no próximo dia 21. “Eu sei que isso aqui contribui muito para a formação pessoal deles; eu já trabalho no Proerd há seis anos e muitos alunos já me encontraram na rua e me agradeceram, esse mérito é um ganho pra sociedade em geral”, observa.

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