Saúde e arte na prevenção da violência

A violência e seus danos são responsáveis no mundo inteiro por adoecimento, perdas e mortes. Um problema social de grande dimensão e que afeta toda a sociedade. Pensando em minimizar esse problema a Secretaria de Estado de Saúde, em parceria com a Secretaria de Educação e Esporte e a Fundação de Cultura e Comunicação Elias Mansour, realiza a oficina Saúde e Arte, na Prevenção da Violência, que será realizada nesta quinta-feira, 6, no Mezanino da Sesacre, a partir das 9h. O evento é direcionado aos professores da Rede pública de Ensino do Acre.

Desde 2012, a Sesacre segue implantando a Política de Promoção da Cidadania e da Cultura de Paz, a qual contempla um conjunto de ações com vistas à redução da violência nas instituições e comunidade, como o projeto “Escolas da Paz” que visa o enfrentamento da violência escolar, na promoção de cidadania e da cultura de paz, por meio da capacitação de professores, coordenadores pedagógicos e escolares, para a identificação de violências, bullying, racismo, discriminação e prevenção de álcool e outras drogas.

A gerente da Divisão de Promoção e Prevenção à Saúde, Disneide Lopes, diz que também serão ofertadas atividades de cultura em grafitagem, junto à comunidade escolar e professores.

“Com as expressões da grafitagem realizadas pela comunidade escolar, esperamos trabalhar a sensibilização ao alunato jovem que busca uma fuga para expressar seus talentos, ajudando com que a arte possa transformar os ambientes de conflitos em espaços da paz numa cultura pacífica de convívio social com enormes diferenças, sejam elas social, sexual, religiosa, deficiência ou geracional”, enfatiza a gerente.

Nesse primeiro momento irão participar da ação as da Capital, localizadas na segunda e terceira regional.

Como identificar casos de violência nas escolas?

Apesar de a violência física estampar um número muito maior de manchetes, é a violência moral que mais assusta aos professores de todos os níveis de ensino, desde o infantil ao superior.

Xingamentos, gestos obscenos, perturbações, indisciplina. Problemas que atrapalham o andamento das atividades pedagógicas e os relacionamentos dentro da escola. Os casos de bullying – a violência moral entre os próprios alunos – também chocam educadores e familiares, inclusive ultrapassando os muros da escola e chegando ao ambiente virtual, onde situações vexatórias de alunos podem ser acessadas por qualquer pessoa.

Apontar as causas para a violência no ambiente escolar é uma tarefa árdua, que demanda uma grande quantidade de informações, estatísticas, pesquisas e, até mesmo, suposições. Problemas familiares, de relacionamento, baixa autoestima, falta de segurança, drogas, pouca participação dos familiares, exclusão social, entre outras, são algumas das possíveis origens para a violência. Na realidade, situações violentas no âmbito escolar espelham os problemas sociais e o clima violento presentes no País e no mundo.

Contudo, sabe-se que a solução para a violência não está unicamente na repressão, mas sim num projeto político-pedagógico que contemple outras instâncias além do ensino-aprendizado. É preciso envolver os familiares, a comunidade e o poder público para que o problema seja discutido e novas ações sejam planejadas para minimizar o problema. Afinal, não é somente na escola que aprendemos novos valores e perspectivas.

Uma das soluções encontradas pelas escolas é  envolver, cada vez mais, os alunos em projetos fora da sala de aula, que tornem a experiência acadêmica muito mais ampla e prazerosa do que o ensino tradicional. É preciso que o professor esteja ciente de que, por vezes, se a classe vive situações conflituosas, vale mais a pena estimular uma conversa do que ministrar uma aula que não será  bem aproveitada. Se o aprendizado do conteúdo é importante, fundamental mesmo é promover a criação de laços de solidariedade entre a comunidade acadêmica, fornecer subsídios para o exercício pleno da cidadania e preparar os estudantes para uma vivência ética em sociedade.

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