Tião assina ordem de serviço para indústria de borracha em Sena Madureira

A Indústria de Granulado Escuro Brasileiro teve a ordem de serviço para sua construção assinada nesta sexta-feira, 24, pelo governador Tião Viana (Foto: Sérgio Vale/Secom)

A Indústria de Granulado Escuro Brasileiro teve a ordem de serviço para sua construção assinada nesta sexta-feira, 24, pelo governador Tião Viana (Foto: Sérgio Vale/Secom)

Indústria de Granulado Escuro Brasileiro. Este é  o nome da mais nova indústria acreana, que teve a ordem de serviço para sua construção assinada nesta sexta-feira, 24, pelo governador Tião Viana. O endereço será a BR-364, em Sena Madureira, mas a estimativa é de envolver quatro mil famílias devem para o fornecimento de látex.

O granulado escuro brasileiro é o GEB, que resulta do beneficiamento da borracha natural. O látex, após ser lavado, triturado, secado em estufa e prensado, vira o GEB, matéria-prima para indústrias pneumáticas e automotivas, responsáveis por consumir 90% da produção brasileira.

A indústria vai processar inicialmente 176 toneladas de borracha por mês, gerando 60 empregos diretos na fábrica (Foto: Sérgio Vale/Secom)

A indústria vai processar inicialmente 176 toneladas de borracha por mês, gerando 60 empregos diretos na fábrica (Foto: Sérgio Vale/Secom)

“A indústria vai processar inicialmente 176 toneladas de borracha por mês, gerando 60 empregos diretos na fábrica e envolvendo pelo menos quatro mil famílias. No início serão processados 1,5 milhão de quilos de borracha por ano, mas a fábrica será construída para ter as linhas de produção ampliada sem que precise mexer na estrutura física”, informou Manoel Monteiro, superintende da Cooperacre.

A Cooperacre (Central de Cooperativas de Comercialização Extrativista do Acre) será a responsável pelo gerenciamento da indústria. O governador Tião Viana enfatizou a importância das associações de trabalhadores. “O cooperativismo é a grande vertente da economia social do mundo. Essa indústria simboliza o esforço desse governo, seguindo a luta do Jorge Viana e do Binho, em valorizar a economia florestal, em oferecer alternativas de renda para os extrativistas. A história do Acre está ligada a borracha”, disse.

Edvaldo Magalhães, ressaltou que o Brasil importa 65% da borracha que consome, demonstrando a viabilidade econômica do látex (Foto: Sérgio Vale/Secom)

Edvaldo Magalhães, ressaltou que o Brasil importa 65% da borracha que consome, demonstrando a viabilidade econômica do látex (Foto: Sérgio Vale/Secom)

O secretário de Indústrias e Comércio, Edvaldo Magalhães, ressaltou que o Brasil importa 65% da borracha que consome, demonstrando a viabilidade econômica do látex. “A indústria tem dois grandes benefícios. O primeiro é ser amiga do meio ambiente, favorecendo uma economia da floresta, valorizando os seringueiros, criando mais uma oportunidade de renda para as populações tradicionais. E vamos explorar os dez mil hectares de seringueiras que estamos plantando através do programa Florestas Plantadas”, explicou.

O seringueiro Raimundinho da Silva, que representou as famílias da Associação Cazumbá-Iracema, agradeceu a iniciativa do governo do Estado. “Vai gerar emprego e renda para as famílias e precisamos de alternativas para garantir o nosso sustento. Esse projeto vai melhorar a vida de muita gente”. O investimento na indústria de granulado escuro brasileiro será de R$ 3 milhões na estrutura física e R$ 2,8 milhões em equipamentos.

“Vai gerar emprego e renda aqui, sem deixar de beneficiar os seringueiros de outros municípios. A nossa cidade estava precisando desse investimento”, disse o prefeito Mano Rufino (Foto: Sérgio Vale/Secom)

“Vai gerar emprego e renda aqui, sem deixar de beneficiar os seringueiros de outros municípios. A nossa cidade estava precisando desse investimento”, disse o prefeito Mano Rufino (Foto: Sérgio Vale/Secom)

O projeto inicial previa a instalação da indústria em Xapuri, mas foi redirecionado para Sena Madureira. “Vai gerar emprego e renda aqui, sem deixar de beneficiar os seringueiros de outros municípios. A nossa cidade estava precisando desse investimento”, disse o prefeito Mano Rufino. A previsão é que a indústria comece a operar em março do próximo ano.

A partir do sexto ano de plantio as seringueiras passam a ser produtivas e as estimativas de rentabilidade é de R$ 550 líquido por hectare plantado. A Secretaria de Produção recomenda que cada produtor tenha pelo menos cinco hectares para uma renda anual de R$ 33 mil.

“Plantando seringueiras vamos melhorar a renda das famílias, dando melhores condições de vida, reflorestando áreas que foram abertas. Eu me orgulho em fazer parte deste projeto”, disse o senador Aníbal Diniz.

Quatro mil extrativistas fornecerão látex

A partir do sexto ano de plantio as seringueiras passam a ser produtivas e as estimativas é de rentabilidade de R$ 550 líquido por hectare plantado. A Secretaria de Produção recomenda que cada produtor tenha pelo menos cinco hectares para uma renda anual de R$ 33 mil.

“Plantando seringueiras vamos melhorar a renda das famílias, dando melhores condições de vida, reflorestando áreas que foram abertas”, disse o senador Aníbal Diniz (Foto: Sérgio Vale/Secom)

“Plantando seringueiras vamos melhorar a renda das famílias, dando melhores condições de vida, reflorestando áreas que foram abertas”, disse o senador Aníbal Diniz (Foto: Sérgio Vale/Secom)

Operando em apenas um turno a indústria empregará  cerca de 60 funcionários, operando em três turnos o número pode chegar a 180 funcionários. Cerca de quatro mil extrativistas fornecerão o látex. Eles serão sócios da Cooperacre.

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Veja porque a borracha é  um negócio promissor:

Borracha natural x sintética

 –   A demanda por borracha natural cresce em paralelo com o PIB mundial

–    Desde 1980 a demanda de consumo de borracha sintética está em declive.

Demanda de consumo nacional e mundial de borracha natural

–    O consumo de borracha no Brasil cresce num ritmo de 6% ao ano, enquanto o plantio de seringueiras cresce apenas 4,5%.

–    O Brasil consome 340 mil toneladas de borracha natural, das quais 65% são importadas.

–    Em 12 anos esse consumo irá dobrar. Há a preocupação de escassez do produto no Brasil e no mundo.

Limite de produção dos países asiáticos

–    A Ásia, que é a maior produtora mundial de borracha, vem aumentando o consumo interno e diminuindo as exportações.

–    Os países asiáticos chegaram ao limite do plantio. As oportunidades estão abertas para Brasil e África.{/xtypo_rounded2}

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