Indígenas de Tarauacá vendem excedente da produção de banana na Ceasa

Um carregamento com três toneladas de banana produzida pelos índios Huni Kui da Colônia 27, em Tarauacá, chegou nas primeiras horas da manhã desta terça-feira,14, em Rio Branco para ser comercializada na Central de Abastecimento (Ceasa).

Indígenas destinam três toneladas de banana para comercialização na Ceasa (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

Indígenas destinam três toneladas de banana para comercialização na Ceasa (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

“Isso é algo fantástico. Os nossos irmãos índios podendo comercializar a produção, produzindo, tendo acesso à renda, a dignidade. Além da banana eles produzem açaí, macaxeira, acerola e tudo isso vira merenda escolar para as crianças, é vendido nos mercados. Essa é a nova realidade que o Acre vive”, disse o governador Tião Viana.

Além de banana, eles também produzem açaí – acabaram de plantar 1,5 mil mudas doadas pela Secretaria de Produção – macaxeira, cana de açúcar. As 42 famílias que moram na Terra Indígena vendem o excedente da produção no mercado de Tarauacá e também para a merenda escolar através do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), do Governo Federal em parceria com o Governo do Estado, onde cada produtor recebe até R$ 4,5 mil por ano e os produtos são entregues em escolas, hospitais e entidades beneficentes.

As 42 famílias que moram na Terra Indígena vendem o excedente da produção no mercado de Tarauacá e também para a merenda escolar (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

As 42 famílias que moram na Terra Indígena vendem o excedente da produção no mercado de Tarauacá e também para a merenda escolar (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

“A Terra Indígena Colônia 27 há dez anos era uma das mais improdutivas, era apenas um pasto, e hoje, com o trabalho de recuperação de áreas degradadas e os outros incentivos do governo à produção temos uma outra realidade”, disse o assessor especial Indígena, Zezinho Kaxinawa.

O secretário de Produção, Lourival Marques, ressaltou que além do PAA os índios também são contemplados com assistência técnica e outras políticas produtivas. “E vale ressaltar a importância da BR 364 que permite que o excedente da produção do Vale do Tarauacá/Envira seja comercializado na capital. Eles saíram do município hoje de madrugada e no início da manhã já estavam aqui”, disse.

Manoel Kaxinawa, liderança Huni Kui, disse que tem como trazer a Rio Branco quatro caminhões de banana por mês.

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