Marceneiros do Juruá vão produzir R$ 600 mil em mobiliário escolar

O marceneiro João Evangelista

O marceneiro João Evangelista (Foto: cedida)

Marceneiros de Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima e Rodrigues Alves receberam nesta terça-feira, 7, a boa notícia de que o governo vai comprar mobiliário escolar, pelo segundo ano consecutivo. Serão investidos mais de R$ 600 mil na compra de carteiras cadeira e armários na região. Diretoria e sócios da Cooperativa Arte na Floresta, de Cruzeiro do Sul, e da Coopermoa, de Mâncio Lima e Rodrigues Alves, participaram de reunião com representantes da Secretaria de Estado da Indústria, Comércio e dos Serviços Sustentáveis (Sedens).

Do total das compras, R$ 409 mil serão divididos entre os sócios da Cooperativa Arte na Floresta, cujos galpões foram construídos pelo governo do Estado no Parque Industrial e Florestal de Cruzeiro do Sul e o restante para a Coopermoa, que tem sede em Mâncio Lima e um núcleo em Rodrigues Alves.

O gerente local da Sedens, José Maria Freitas, explicou que a política do governo Tião Viana é comprar todo o mobiliário das secretarias dentro do estado e para isso instituiu a modalidade de credenciamento de empresas, para fins de licitação, o que abriu a possibilidade de pequenas empresas acreanas participarem das compras. Com as compras do ano passado, de mais de R$ 800 mil, 17 empresas de Cruzeiro do Sul e 14 de Mâncio Lima foram beneficiadas.

{xtypo_quote_right}Com as compras do ano passado, de mais de R$ 800 mil, 17 empresas de Cruzeiro do Sul e 14 de Mâncio Lima foram beneficiadas{/xtypo_quote_right}

Segundo Freitas, as próprias cooperativas se reúnem com seus sócios e definem as quantidades que tocam a cada empresa, dependendo de sua capacidade. “Vamos estar presentes nas conversas, porque tivemos alguns problemas na confecção dos móveis anteriores. O governo e as secretarias vão fiscalizar o matéria,l tanto na questão do prazo quanto na qualidade.”

O marceneiro João Evangelista, presidente da Cooperativa Arte na Floresta e da Central das Cooperativas de Marceneiros e Moveleiros do Acre, conta que todas as 20 empresas localizadas no parque industrial serão contempladas com a encomenda. “A gente está querendo fortalecer todo o grupo a se motivar e investir mais na sua própria empresa para poder ter condições de pegar trabalhos futuros”.

Sobre a fiscalização da qualidade dos móveis, Evangelista explicou: “Ano passado cada um se virou para ter qualidade no serviço e isto trouxe um problema grande para nós. Agora vamos adotar um contrato. Cada empresa que assumir o compromisso tem a responsabilidade de assumir problemas futuros. É uma garantia para a cooperativa e para o investimento que o governo tem feito no setor. Isto vai trazer uma responsabilidade maior para o grupo”.

Madeira certificada

O gerente local da Sedens, José Maria Freitas (Foto: cedida)

O gerente local da Sedens, José Maria Freitas (Foto: cedida)

Segundo o gerente local da Sedens, hoje além de todos os marceneiros trabalharem com licenças do Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), toda a madeira utilizada no parque industrial florestal é certificada. Parte dela é proveniente do PAF Havaí e outro tanto das florestas estaduais do Mogno, Liberdade e Gregório. Provavelmente daqui um mês já entra em funcionamento no parque a serraria que vai fornecer matéria-prima para os marceneiros.

O presidente Evangelista está otimista com o futuro da marcenaria no Juruá: “A gente acredita que tudo dará certo, principalmente depois que a serraria estiver funcionando, porque daí a cooperativa vai ter condições de aceitar qualquer pedido e cumprir qualquer contrato”.

O presidente da Coopermoa, Anderson Silva de Lima, agradeceu “a Deus e ao governador porque antes nunca tínhamos feito um trabalho desses”. O marceneiro Moisés Rodrigues Santos Neves, de Rodrigues Alves trabalha há 18 anos no setor e conta que nunca antes havia vendido uma peça para o governo. “Fico orgulhoso porque é uma oportunidade que pela primeira vez estou tendo”.

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