Para o kaninawá Aldeni Nunes, da tribo Huni Kui, participar dessa atividade foi um privilégio. “Estou surpreso e muito feliz, pois nunca tinha recebido um convite assim. Esperamos contribuir com o conhecimento desses jovens, quebrar algumas barreiras e diminuir o preconceito. Sem dúvida é um experiência nova para o meu povo”, afirma.
Mas quem aprovou mesmo o Sarau Indígena foram eles, os socioeducandos. “Estou muito satisfeito, pois nunca tinha participado de uma atividade assim. Aprendi muito sobre a cultura deles. Também aprendi a valorizar e respeitar mais esse povo, porque os seus conhecimentos contribuem muito com o meio ambiente. São pessoas que sobrevivem através da natureza e lutam pela preservação dela. Seria bom que todos pensassem assim”, reflete um dos adolescentes, de 16 anos.
O presidente do ISE, Henrique Corinto, também participou do evento e revela que foi surpreendido pelo trabalho desenvolvido pela equipe, em parceria com as tribos indígenas. “Uma iniciativa brilhante! Qual outra forma de quebrar o preconceito entre as culturas se não as colocando em união? Percebo nos rosto desses adolescentes que algo ficou após essa atividade. Espero que compreendam verdadeiramente o sentido do respeito à vida, independente de qualquer coisa”, afirma Corinto.