Jornalistas acreanos participam de oficina sobre violência contra crianças e adolescentes

O rádio é considerado o meio de comunicação de massa mais antigo e acessível, e está presente na vida cotidiana de praticamente todos os lares brasileiros. Pensando nisso, o Ministério da Saúde, por meio da Área Técnica de Saúde da Criança e Aleitamento Materno, lançou o projeto “Nas Ondas do Rádio”, para trabalhar ações de promoção e prevenção da violência contra crianças e adolescentes junto aos radialistas dos Estados do Nordeste, Amazônia Legal e nas cidades do Rio de Janeiro, Florianópolis e Campo Grande.

Jornalistas participam de oficina para prevenção da violência contra crianças e adolescentes, em Belém (Foto: Mariana Simões Barros/Assessoria Fiocruz)

Jornalistas participam de oficina para prevenção da violência contra crianças e adolescentes, em Belém (Foto: Mariana Simões Barros/Assessoria Fiocruz)

A primeira etapa do projeto ocorreu no período de 19 a 21 de abril, em Belém para 100 profissionais da região Norte. Durante a oficina, os participantes criaram e produziram peças radiofônicas sobre o tema e, no final do curso, os grupos apresentaram os resultados para compartilhar as experiências. Além disso, o produto será apresentado no seminário, em Brasília, e serão disponibilizados para todos os estados.

Radialista Mara Régia na palestra sobre o papel do jornalista na promoção da cultura de paz (Foto: Mariana Simões Barros/Assessoria Fiocruz)

Radialista Mara Régia na palestra sobre o papel do jornalista na promoção da cultura de paz (Foto: Mariana Simões Barros/Assessoria Fiocruz)

Para o Acre foram disponibilizadas cinco vagas, as quais estiveram representadas o Sistema Público de Comunicação – Rádio Difusora Acreana, Aldeia FM e a Agência de Notícias do Acre, a Secretaria de Estado de Saúde e a Rádio Comunitária da Gameleira. O objetivo é usar o rádio na difusão das ações de prevenção da violência e promoção da cultura de paz no território, agregando novos atores às redes de atenção integral às crianças, adolescentes e suas famílias em situações de violência.

 

Gilvani Granjeiro, coordenadora do projeto e representante do Ministério da Saúde (Foto: Mariana Simões Barros/Assessoria Fiocruz)

Gilvani Granjeiro, coordenadora do projeto e representante do Ministério da Saúde (Foto: Mariana Simões Barros/Assessoria Fiocruz)

No encontro foram realizadas oficinas de sensibilização na temática violência e atualização da linguagem do rádio, com metodologias sobre as práticas da comunicação radiofônica na indução da educação em saúde. Os palestrantes passaram de forma dinâmica e descontraída a importância do rádio para a prevenção da violência, levando em consideração que a linguagem é oral e o ouvinte pode fazer outras atividades enquanto escuta os programas radiofônicos, mantendo aguçadas as emoções, reflexões e criatividade.

“O Ministério da Saúde escolheu os radialistas porque eles têm o poder na voz de chegar aos ouvidos e corações e, desta forma, promover os direitos das crianças e adolescentes”, diz a coordenadora do projeto nas Ondas dos Rádios, Gilvani Granjeiro.

Reconhecida pela Agência Nacional dos Direitos da Infância (Andi), com o prêmio “Amigo da Criança” em 2012, a “dama do rádio” acreano, Nilda Dantas, enfatizou a importância da participação do Acre na construção de uma rede de prevenção a esse tipo de violência. “Depois desse encontro, sinto-me ainda mais responsável, na minha função como radialista, de tratar incansavelmente essa temática no dia a dia da minha profissão, conscientizando a sociedade e o poder público sobre as responsabilidades com nossas crianças e adolescentes”, declarou.

Ícone do rádio nacional por dar voz às comunidades que residem em áreas com difícil acesso, a jornalista Mara Régia falou da importância do comprometimento dos radialistas com o projeto, tendo em vista que todos estiveram engajados durante o encontro.

“Foi muito bom trabalhar com esse grupo de pessoas tão antenadas, que vivem o dia a dia da radiodifusão no Brasil, com tantas diversidades e com tantas histórias diferentes. Estou muito gratificada, pois não é sempre que a gente consegue reunir um grupo tão homogêneo, no ponto de vista da criatividade e interesse”, ressalta Mara.

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