Cultura e Identidade dos Povos Indígenas do Acre é tema de seminário

Os participantes conferiram palestras e adquiriram um exemplar da revista intitulada “Indígenas em Espaço Urbano” (Foto: Eunice Caetano/SEE)

Os participantes conferiram palestras e adquiriram um exemplar da revista intitulada “Indígenas em Espaço Urbano” (Foto: Eunice Caetano/SEE)

Celebrando o dia 19 de abril, quando se comemora o Dia do Índio, o terceiro Seminário de Cultura e Identidade dos Povos Indígenas do Acre foi realizado na manhã desta sexta-feira, 19, no auditório da Secretaria Estadual de Educação e Esporte (SEE), reunindo educadores e representantes de diversos órgãos do Estado para debater sobre a temática étnico-racial nas escolas e da implantação da lei Nº 11.645, de 2008.

Realizado pela Coordenação de Educação para os Direitos Humanos, Cidadania e Diversidade da SEE, em parceria com a Secretaria Adjunta de Políticas de Promoção da Igualdade Racial e o Fórum Permanente de Educação Étnico-Racial do Acre, o seminário buscou promover discussões sobre a aplicação de métodos educacionais nas escolas não-indígenas acreanas, sensibilizando gestores de diversos segmentos sobre a importância do estímulo à observação e entendimento das diferenças no ambiente escolar.

Elza Lopes, coordenadora do Fórum, explicou para os presentes que “o preconceito só existe pela falta de conhecimento. Geralmente tememos aquilo que é diferente, e reuniões como estas contribuem para aumentarmos a sabedoria popular e diminuir o pensamento preconceituoso. Incorporamos também no debate a questão das políticas públicas voltadas para estes povos, para que essa abordagem possa ser aplicada nas instituições de ensino”.

Os participantes, além de adquirirem um exemplar da revista intitulada “Indígenas em Espaço Urbano”, conferiram as palestras “Aspectos Culturais e Localização do Povo Machineri”, de Alessandra Machineri, e “Aspectos Culturais do Povo Shawanawa”, de Francisca Arara, que representou a Organização dos Professores Indígenas do Acre (Opiac).

De acordo com Francisca, “o mundo tradicional, através do resgate histórico, linguístico e artístico, tem bastante a ofertar para a cultura moderna. Esta oferta pode ser adquirida pelo estudo e pelas atividades destinadas ao ensino da história indígena nas escolas”.

Entenda a lei 11.645/2008

É voltada para a implantação do ensino da história e cultura afro-brasileiras e dos povos indígenas nas instituições de ensino fundamental e de ensino médio, enfatizando a formação da população brasileira a partir desses dois grupos étnicos, envolvendo a história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira, e o negro e o índio na formação da sociedade nacional.

Atualmente, o estado do Acre contabiliza 103 escolas indígenas, tendo seu maior número concentrado nos municípios de Tarauacá  e Feijó. Até 2014, serão reconstruídas e reformadas cerca de 65 escolas, todas contando com material de apoio específico disponibilizado pela SEE através dos recursos do Ministério da Educação (MEC).

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