Início das chuvas alerta para o aparecimento de praga da mandioca

Lagarta do mandarová aparece em época de chuvas e se não for combatida destrói os plantios de mandioca (foto: Leônidas Badaró)
Lagarta do mandarová aparece em época de chuvas, e se não for combatida destrói os plantios de mandioca (foto: Leônidas Badaró)

O início do inverno amazônico traz uma preocupação para o Departamento de Defesa Vegetal do Instituto de Agropecuária do Acre (Idaf).

É neste período de aumento das chuvas que ocorre a incidência do mandarová, considerada a pior praga destrutiva dos plantios de mandioca.

A lagarta é capaz de destruir em pouco tempo plantações inteiras e causar prejuízos aos produtores rurais.

Este ano, propriedades em Cruzeiro do Sul, Porto Walter, Feijó, Tarauacá e Senador Guiomard sofreram ataques da praga.

E no Juruá já existe produtor registrando o aparecimento da lagarta. “Um produtor veio nos contar que apareceu o mandarová em sua propriedade. Já estamos fazendo o monitoramento aqui no Juruá”, explica Ligiane Amorim, agronôma do escritório da defesa agropecuária em Cruzeiro do Sul.

O Departamento de Identificação de Pragas e Doenças do Idaf orienta como identificar a possível incidência do mandarová.

O primeiro passo é notar o aparecimento de uma mariposa grande, de cor marrom, no período do fim de tarde e noite. São essas mariposas que depositam ovos nas folhas dos pés de mandioca e se transformam nas temidas lagartas.

“O quanto antes o mandarová for identificado, mais rápido podemos agir e minimizar os estragos nas plantações”, afirma o coordenador do Departamento de Identificação de Pragas, Pedro Arruda.

Combate ao mandarová

Mandarová é considerada a prior praga, capaz de em pouco tempo destruir plantações inteiras de mandioca (foto: Leônidas Badaró)
Mandarová é considerada a prior praga, capaz de em pouco tempo destruir plantações inteiras de mandioca (foto: Leônidas Badaró)

A precocidade da identificação vai definir a forma de combate à lagarta. Em um estágio menos avançado, o Idaf usa um inseticida natural, chamado baculovírus, fabricado do próprio mandarová esmagado. Por ser natural, essa forma de combate praticamente não tem custos nem causa danos a quem faz a aplicação.

Quando a infestação da lagarta se encontra em um estágio no qual os animais já estão muito desenvolvidos, é necessário o uso de inseticidas químicos.

“Por isso é preciso a atenção do produtor. Se a descoberta do mandarová for no início, é possível dizimar a praga em pouco tempo e evitar prejuízos. Infelizmente, muitas vezes não é feito esse acompanhamento, e quando se descobre, o macaxeiral já foi destruído”, explica Arruda.

Nos próximos dias, equipes do Idaf devem percorrer os municípios para esclarecer aos produtores como combater a praga.

“Precisamos trabalhar em parceria, contando com a ajuda dos produtores, para que não tenhamos prejuízos na cultura da mandioca, que tem grande importância para nossa economia”, destaca Ronaldo Queiróz, diretor-presidente do Idaf.

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