A lei nº 10.402/02, de 8 de janeiro de 2002, instituiu o Dia Nacional do Livro Infantil em homenagem à data de nascimento do escritor Monteiro Lobato, comemorado anualmente no dia 18 de abril, razão pela qual o governo do Acre, representado pela diretora-presidente da Fundação Elias Mansour (FEM), Francis Mary Alves de Lima, promoveu uma série de atividades de lazer na tarde desta quinta-feira, 18, na Praça da Biblioteca Pública.
O rosto pintado de Edgar Giovino logo entrega o entusiasmo que sentia. O garoto diz gostar muito dos livros, mas, ali, o que mais havia chamado a sua atenção era a música. Ao invés das bibliotecas, ele costuma aproveitar outro tipo de alternativa para quem gosta de ler, que são as casas de leitura. Conta que as brincadeiras e o contato com outras crianças o agradam muito. Pergunto a sua opinião sobre o evento e Edgar, tímido, apenas responde que achou “legal” e já corre, empolgado, para não perder o início das apresentações.
Com uma grande estrutura montada no coração da cidade, a programação ocorreu de “igual para igual”. É que as atrações eram as próprias crianças que frequentam uma das três casas de leitura de Rio Branco – Gameleira, Chico Mendes e Matias –, e do Espaço Infantil da Biblioteca Pública. Com a coordenação dos agentes de leitura, houve contação de histórias, recital de poesias, números musicais, teatro de fantoches, muitas brincadeiras e, em alusão ao Dia do Índio, mitos e contos indígenas.
Esforço contínuo
De acordo com Helena Carloni, chefe do Departamento Estadual do Livro e da Leitura (Dell), a data começou a ser comemorada no começo da semana em todas as bibliotecas e unidades de leitura do Estado. Mas, o esforço no incentivo ao gosto pelos livros vai bem mais longe. “Atuamos com o programa federal Arca das Letras, que leva pequenas bibliotecas para a zona rural, ribeirinhos e aldeias indígenas, e temos ainda 33 agentes de leitura”, explica.
“Trata-se de jovens de 18 a 29 anos de idade que desenvolvem atividades de incentivo à leitura nos bairros onde moram. Hoje eles estão presentes em Rio Branco, Plácido de Castro, Epitaciolândia e no Bujari. Em média, cada um deles atende de 25 a 30 famílias. A previsão do governo é de que esse número aumente para 88 pessoas até o final do ano. Fora isso, os agentes passam por um processo de capacitação à distância, de forma continuada, para que tenham condições de atender a comunidade”, finaliza Carloni.