Assistência religiosa ajuda no processo de socioeducação

 

Presidente do ISE, Henrique Corinto, é homenageado pela igreja Assembleia de Deus por incentivar a fé nas unidades

Presidente do ISE, Henrique Corinto, é homenageado pela igreja Assembleia de Deus por incentivar a fé nas unidades

O Instituto Socioeducativo do Acre (ISE) tem desenvolvido nas unidades um trabalho de assistência religiosa. Participam dessas atividades os adolescentes que possuem bom comportamento e vontade de aderir ao plano de socioeducação.

 

Nesta semana, 11 socioeducandos encerraram estudos bíblicos, que vinham sendo realizados há dois meses, pela Assembleia de Deus. Na ocasião, o presidente do ISE, Henrique Corinto, também foi homenageado com um Certificado de Agradecimento pela parceria e o incentivo aos jovens a buscar a fé.

“Fico extremamente satisfeito em ver que o esforço vem dos próprios adolescentes em tentar uma mudança, através da religião, seja ela qual for. Os princípios adquiridos dentro da instituição, que é a igreja, acrescentam boas ações no comportamento desses jovens. Por isso, a nossa equipe sempre dará o apoio para que essa e outras igrejas possam executar atividades dentro e fora das unidades”, afirma Corinto.

 

Três socioeducandos assistem ao show da cantora góspel, Heloísa Rosa, na Comunidade Batista Rio Branco

Três socioeducandos assistem ao show da cantora gospel Heloísa Rosa, na Comunidade Batista Rio Branco

De acordo com o diretor do Centro Socioeducativo Santa Juliana, Rafael Almeida, já existem exemplos de adolescente que começam a buscar uma vida religiosa dentro da unidade, e quando saem são acolhidos pela igreja. “Essas pessoas vão à casa do menino, monitoram, veem o que a família está precisando, ajudam a conseguir se restabelecer na vida e o acolhem de forma geral”, relata.

 

Uma grande dificuldade para esse adolescente levar adiante essa mudança, segundo Rafael Almeida, é que a perspectiva de vida ao sair da unidade é uma difícil realidade. “Porque antes eles tinham uma renda com o tráfico de drogas. Apesar de errado, era uma garantia de sobrevivência ilícita. Quando saem, devido ao preconceito ou à pouca qualificação, a possibilidade de conquistar um emprego é mínima. Eles acabam convivendo mais uma vez com a miséria dentro de casa. E assim, infelizmente, alguns desses jovens acabam voltando para o tráfico, cujo dinheiro é fácil”, lamenta.

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