Há vagas: Cidade do Povo vai gerar milhares de postos de trabalho e exigir mão de obra qualificada

Se você tem disposição para o trabalho e pretende ingressar na área da construção civil, prepare-se para a demanda de mão de obra que será gerada pela construção da Cidade do Povo, maior programa habitacional do Estado do Acre.

 

A Cidade do Povo deve gerar 20 mil postos de trabalho (Foto: Sérgio Vale/Secom)

A Cidade do Povo deve gerar 20 mil postos de trabalho (Foto: Sérgio Vale/Secom)

De acordo com um levantamento encomendado pela Federação das Indústrias do Acre (Fieac), assinado pelo economista Carlos Estevão, durante o pico da obra devem ser gerados 20 mil postos de trabalho diretos e indiretos. Pelas estimativas, serão necessários 1.796 ajudantes diversos, 1.950 serventes, 1.123 pedreiros, 298 encanadores, 116 serralheiros e 343 pintores, além de marmoristas, contramestres, engenheiros, soldadores, topógrafos, mestres de obras, encanadores, motoristas, gesseiros, vigias noturnos e outros profissionais.

As obras da Cidade do Povo já iniciaram. A fase de terraplanagem está concluída em 20% e a ordem de serviço para as primeiras edificações já foi assinada. Serão 10.518 unidades habitacionais, além de toda a infraestrutura que uma cidade requer: ruas, calçadas, praças e espaços públicos, rede de água e esgoto, escolas, delegacias, áreas comerciais e áreas verdes. A Cidade do Povo será um bairro da capital acreana, mas terá uma população superior a quase todos os municípios acreanos, com exceção apenas de Rio Branco e Cruzeiro do Sul. A estimativa é de que 50 mil pessoas morem no local.

A Cidade do Povo também é a maior parceria público privada já firmada no Acre

A Cidade do Povo também é a maior parceria público-privada já firmada no Acre

 

Além de ser o maior projeto habitacional do Estado, a Cidade do Povo também é a maior parceria público-privada já firmada no Acre. Governo do Estado e empresários do setor industrial deram as mãos para garantir um investimento que soma R$ 1,1 milhão de reais e vai injetar na economia acreana R$ 7,2 milhões por mês em salários. E não é só a construção civil que sairá no lucro. Além de melhorar o poder de compra do consumidor – que gasta seus rendimentos no comércio local, diversas cadeias produtivas são movimentadas pela obra, entre elas a da alimentação e da confecção. Serão consumidos mais de cinco milhões de marmitex e mais de 140 mil camisetas, por exemplo.

 

Pedreiros, pintores, eletricistas, marceneiros e outros profissionais da área serão necessários para a construção da Cidade do Povo (Foto: Arquivo Secom)

Pedreiros, pintores, eletricistas, marceneiros e outros profissionais da área serão necessários para a construção da Cidade do Povo (Foto: Arquivo Secom)

A grande procura por mão de obra deve valorizar o mercado e diminuir a oferta de pedreiros, pintores, eletricistas e outros profissionais da área. “Enquanto as obras da Cidade do Povo estiverem em andamento não quer dizer que as demais obras que ocorrem no estado estarão suspensas. Ao contrário, continuam sendo lançados empreendimentos que demandam todos estes profissionais, do arquiteto ao pintor, mas o mercado acaba encontrando um jeito de se regular. Devem vir profissionais dos municípios e de outros estados para atuar aqui”, disse o empresário João Salomão, vice-presidente da Fieac.

Instituto Dom Moacyr vai oferecer formação continuada

O Instituto Dom Moacyr vai propor uma parceria público-privada para oferecer entre 600 e 800 vagas em cursos de formação continuada: pedreiro, eletricista, encanador e outras áreas que serão bastante demandadas pela obra da Cidade do Povo.

“O tamanho da nossa formação será o tamanho da nossa demanda”, observou o diretor do IDM, Marco Brandão. Ele explica que serão discutidos com os empresários formas de contratação desta mão de obra que será formada, garantindo a inserção no mercado de trabalho de todos que alcançarem o aproveitamento esperado nos cursos. “O nosso interesse é que a mão de obra seja aproveitada, fazendo a inclusão socioeconômica destas pessoas”, explicou.

Obra vai virar laboratório do Senai

O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, o Senai, tem tradição em formação de mão de obra e já se prepara para oferecer cursos nas áreas específicas, de acordo com as necessidades apresentadas por cada empresa.

“Estamos nos reunindo com o Sindicato das Indústrias da Construção Civil para avaliar as demandas. Cada empresa tem um modelo construtivo próprio, algumas utilizam blocos cerâmicos, outras tijolos e vamos preparar a mão de obra de acordo com essas especificidades”, disse o diretor do Senai no Acre, César Dotto.

 

O Instituto Dom Moacyr vai propor uma parceria público privada para oferecer entre 600 e 800 vagas em cursos de formação continuada (Foto: Angela Peres/Secom)

O Instituto Dom Moacyr vai propor uma parceria público-privada para oferecer entre 600 e 800 vagas em cursos de formação continuada (Foto: Angela Peres/Secom)

 

Para atendimento das primeiras necessidades o Senai vai oferecer os cursos de assentador de tijolo cerâmico, de bloco cerâmico e de piso, operador de máquinas, encanador e eletricista.

Dotto explica que inicialmente será utilizada a estrutura do Senai para os cursos, mas em seguida as aulas serão transferidas para uma unidade a ser montada dentro da Cidade do Povo, onde a obra vai funcionar também como um laboratório.

O Senai e o Instituto Evaldo Lodi (IEL) oferecem também os cursos in company, que são formatados de acordo com as necessidades do demandante.

Secretaria de Pequenos Negócios também oferece formação

Pedreiro, pintor e encanador são alguns dos cursos oferecidos pela Secretaria de Pequenos Negócios do Acre, cujo os profissionais formados podem ser aproveitados pelas empresas que vão executar as obras da Cidade do Povo.

Os cursos da SPN são oferecidos em todos os municípios do Acre e são escolhidos conforme a demanda local. As atividades relacionadas à construção civil estão em alta e o público beneficiado, neste caso, é selecionado através do CadÚnico ou de busca ativa em cada cidade.

“Essa foi uma opção que o governador Tião Viana fez de investir nas pessoas, incluindo-as socioeconomicamente através do trabalho, oferecendo oportunidade de renda. Cada pessoa recebe o equipamento de trabalho necessário para exercer a capacitação que recebeu”, disse o secretário José Carlos Reis.

Compartilhe:

WhatsApp
Facebook
Twitter