Instituto Dom Moacyr inicia três cursos nas florestas estaduais do Vale do Juruá

Emanuela Cardoso de Oliveira  e Francinete Mota são engenheiras florestais formadas em Cruzeiro do Sul, e estão estagiando na SEDENS (Foto: Flaviano Schneider)

Emanuela Cardoso de Oliveira e Francinete Mota são engenheiras florestais formadas em Cruzeiro do Sul, e estão estagiando na SEDENS (Foto: Flaviano Schneider)

O Instituto Dom Moacyr (IDM) promoveu nesta terça-feira, 26, aula inaugural conjunta de três cursos que vão beneficiar 80 moradores das três florestas estaduais do Complexo Florestal do rio Gregório. Dois cursos são demandas levantadas junto aos moradores pela Secretaria de Desenvolvimento Florestal da Indústria, do Comércio e dos Serviços Sustentáveis (Sedens). Um deles, o curso de identificador florestal, com 300 horas/aula, terá duas turmas, uma de manhã e outra à tarde e o outro, viveirocultor, com 160h/aula, terá uma turma provavelmente pela manhã.

Já na parceria que envolve a Secretaria de Pequenos Negócios (SEPN), o IDM está iniciando o curso de Corte e Costura, para uma turma com 160h/aula. Segundo o diretor do Centro de Formação e Tecnologias do Juruá (Ceflora), Evilasio Lima, os cursos são pertencentes à primeira fase do Pronatec na região, que durante 2012 capacitou mais de mil pessoas em oito municípios da bacia do rio Juruá.

A agricultora Zuíla Monteiro de Oliveira mora na comunidade São João, na Floresta do Mogno e se inscreveu para o curso de corte e costura. “Eu já faço algumas coisas; não muita porque nunca tive ensino. Faço minhas roupas, as roupinhas dos meus filhos, bolsas, tapetes. Se Deus quiser depois do curso vou costurar também para fora”.

Antônio Everton de Oliveira mora na comunidade Extrema, na Floresta do Rio Liberdade e vai fazer o curso de identificador florestal: “Moro na floresta, mas não conheço muitas árvores. Quero aprender, pois a floresta tem futuro”.

Francisco Jonas de Souza Oliveira mora na comunidade São Francisco, Floresta do Mogno e se interessou pelo curso de viveirocultor: “Quero produzir mudas para poder contribuir com a comunidade e também pode ser uma opção de ganho”.

Investimentos na Floresta

O Instituto Dom Moacyr (IDM) promoveu nesta terça-feira, 26, aula inaugural conjunta de três cursos que vão beneficiar 80 moradores das três florestas estaduais do Complexo Florestal (Foto: Flaviano Schneider)

O Instituto Dom Moacyr (IDM) promoveu nesta terça-feira, 26, aula inaugural conjunta de três cursos que vão beneficiar 80 moradores das três florestas estaduais do Complexo Florestal (Foto: Flaviano Schneider)

Composto pelas Florestas estaduais do Mogno, do Liberdade e do Acuráua, o complexo florestal é habitado por cerca de 600 famílias. A Sedens está investindo na melhoria das condições de vida desses trabalhadores que são considerados guardiões da floresta. Até o final do ano a Sedens pretende beneficiar 300 famílias com planos de manejo. Devido a esta atividade com os planos de manejo a própria comunidade apontou a necessidade de um curso de identificador florestal, ou de mateiro como normalmente é conhecido aquele que sabe identificar espécies vegetais e sabe andar na mata.

O curso de viveirocultor também vem preencher uma lacuna. Na Unidade de Gestão Ambiental Integrada (UGAI) do rio Liberdade, onde vão acontecer as aulas, o governo mantém um viveiro que no ano passado produziu 70 mil mudas. O secretário Edvaldo Magalhães, no entanto, quer incrementar a produção, pretendendo alcançar a produção de até 1,5 milhões de mudas por ano.

A Sedens investe também no lazer: Está construindo cinco campos de futebol e organizando os times para o I Campeonato da Floresta que vai acontecer em breve.

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