Cidade do Povo e da indústria acreana

Estamos vivendo o mais importante acontecimento socioeconômico da história recente do Acre, que marca o início da construção não apenas de mais de 10 mil casas populares, mas de uma cidade planejada atendendo aos requisitos de sustentabilidade econômica, social e ambiental.

Seus aspectos econômicos são incontestáveis. Os números que foram apresentados nesta segunda-feira, 25, no auditório da Casa da Indústria, numa apresentação detalhada de que a Fieac e o Sinduscon elaboraram com bastante cuidado, dão, por si só, a dimensão do que representa tal investimento. A título de ilustração, no tocante ao emprego, serão gerados cerca de 20 mil postos de trabalho, diretos e indiretos, além das inúmeras oportunidades para todos os setores da economia – indústria, comércio e serviços.

Os investimentos no setor da construção civil, como sabemos, têm um efeito germinativo muito importante, haja vista que envolvem em sua cadeia produtiva praticamente todos os demais segmentos industriais do nosso Estado, como o cerâmico, extração mineral, madeireiro e moveleiro, alimentos, panificação, confecções e outros.

Todavia, os benefícios vão mais longe. É por isso que podemos chamar de “empreendimento virtuoso”, já que agrega as famílias, melhora o acesso à educação e à saúde, promove a cultura da convivência em sociedade e resgata ou estabelece o exercício da cidadania em sua plenitude.

Podemos afirmar que hoje comemoramos um momento histórico. Entretanto, é importante salientar que tudo isso só está sendo possível graças a uma caminhada longa, o que me leva a fazer uma breve retrospectiva dessa jornada.

Há pouco mais de uma década, as empresas do setor passavam por grandes dificuldades, motivadas pela difícil situação econômica que atravessava o país, mas também em grande parte por uma crença equivocada de que as empresas locais não tinham competência técnica nem administrativa para executarem obras de maior porte.

Hoje, o Acre passa por um momento virtuoso, fruto da credibilidade de uma nova geração de políticos comprometidos e de uma nova postura empresarial. Assim, fica claro para todos que as conquistas que hoje obtemos são resultados, principalmente, da evolução das relações entre os setores público e privado, que atingiram um reconhecido grau de amadurecimento, ao longo dos últimos anos. Estamos falando do maior projeto do “Minha Casa, Minha Vida”.

A Fieac apoiou esse projeto desde o início, pois sempre acreditou que as oportunidades que serão geradas terão impacto positivo em todos os setores da indústria acreana, indo ao encontro da nossa missão institucional que é representar e defender os interesses da indústria e contribuir com o desenvolvimento sustentável do Acre.

A importância desse projeto não está apenas no combate ao déficit habitacional, mas, sobretudo, no fato de a execução da obra ser realizada por empresas acreanas. Essa sempre foi uma prioridade do governo, para que elas possam crescer e movimentar a economia do Estado. Com isso, há um esforço para que o recurso investido no programa circule no Acre, gerando emprego e renda.

O projeto Cidade do Povo, no meu entendimento, é  um dos maiores e mais expressivos casos de sucesso de parceria público-privada no nosso Estado, alicerçado na seriedade, no compromisso e na dedicação de todos os entes envolvidos.

O desafio está posto. Cabe-nos, agora, com o nosso empenho e comprometimento, envidarmos todos os esforços necessários para que esse empreendimento se concretize no prazo esperado, e, juntos, possamos concluir mais um capítulo dessa história de sucesso. Assim, conclamamos todos os empresários para que, mais do que simplesmente fornecedores da cadeia da construção civil, sejam nossos parceiros na concretização desse grandioso projeto.

Carlos Takashi Sasai, empresário e presidente da Fieac (Federação das indústrias do Estado do Acre)

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