Mulher acreana: bonita que só!

{xtypo_quote}É preciso que haja qualquer coisa de flor em tudo isso.

Vinícius de Moraes{/xtypo_quote}

Mapiná está de bem com sua aparência (Foto: Arison Jardim/Secom)

Mapiná está de bem com sua aparência (Foto: Arison Jardim/Secom)

A adolescente acreana Mapiná Cristina Lima, aluna do Instituto de Educação Lourenço Filho (Ielf), em Rio Branco, tem, além do nome original, uma qualidade rara nos dias atuais: gosta de sua aparência, sem querer mudar nada.  “Adoro tirar foto”, declara, enquanto sorri com naturalidade e graça diante da câmera. Está longe de parecer exibida. Ela simplesmente demonstra gostar de si. E é bonita, sim.

“Beleza é estar bem. Você pode ser bonita, mas se não faz o que gosta, não brilha”, entende Vanessa Oliveira de Souza, 25 anos, cantora, estudante de música e servidora pública do Estado em Rio Branco.

Vanessa sabe o que diz. Além de artista talentosa, é dona uma beleza bem brasileira, com ascendência indígena, negra e nordestina. Resultado: uma figura atraente, de muita empatia e presença, que deixou o italiano Miguel Mauri, seu marido, “caidinho”  por ela.

"Beleza é estar bem", diz Vanessa de Souza (Foto: Arison Jardim/Secom)

“Beleza é estar bem”, diz Vanessa de Souza (Foto: Arison Jardim/Secom)

Priscila Cordeiro, 27 anos, estuda sociologia na Ufac e trabalha na Fundação Garibaldi Brasil (FGB) há oito anos. Ela captou algo singular e verdadeiro no comportamento das conterrâneas: “Há muitas mulheres bonitas por aí. Mas a acreana é pra cima, ela chega e dá ‘aquele’ sorriso que aproxima as pessoas”.

Ela deve saber do que está falando: com seu rostinho redondo emoldurado por cabelos negros ondulados, olhos vivos e brilhantes, boca pequena e carnuda, que sabe valorizar com batons de cores intensas e sorrisos cheios de simpatia, Priscila parece uma boneca.

 “Hoje eu acordei me achando linda”, diz a simpática Priscila (Foto: Arison Jardim/Secom)

“Hoje eu acordei me achando linda”, diz a simpática Priscila (Foto: Arison Jardim/Secom)

Já Renata dos Santos, 37 anos, é um tipo bem exuberante: em suas feições amazônicas, tem uma face bem desenhada, cabelos longos e lisos, azulados de tão negros e um corpo bem proporcionado em 1,71m de estatura. Ela é, por que não dizer, um mulherão! E não se intimida com as alturas: “Adoro usar salto”, confessa a rio-branquense.

Um tipo bem exuberante: Renata dos Santos (Foto: Arison Jardim/Secom)

Um tipo bem exuberante: Renata dos Santos (Foto: Arison Jardim/Secom)

Patrícia Moraes do Nascimento, de 14 anos e também aluna do Ielf, engrossa o coro sobre os aspectos de beleza das mulheres do Estado: “O cabelo vistoso é uma marca das acreanas. E também as pernas bem durinhas e grossas”, diz.

“O cabelo vistoso é uma marca das acreanas", diz Patrícia do Nascimento (Foto: Arison Jardim/Secom)

“O cabelo vistoso é uma marca das acreanas”, diz Patrícia do Nascimento (Foto: Arison Jardim/Secom)

No caso da xapuriense Eurilinda Figueiredo, a Linda, o provérbio latino “nome é presságio” dá prova. Aos 50 anos, com quatro filhos e duas netas, ela está em plena forma, que mantém com atividades físicas diárias e alimentação saudável, e exibe uma feição delicada e expressiva.

Linda, que é professora, foi diretora-presidente da Fundação de Cultura Garibaldi Brasil (FGB) até final do ano passado, é uma estudiosa da cultura e faz a sua avaliação sobre o tema: “O Acre é híbrido, misto, tem todos os tipos de beleza. Sua diversidade cultural gera a diversidade plástica”, afirma.

A beleza que é reconhecida publicamente tem algo de harmonia, de autoconfiança e também de originalidade. E embora a mídia, em nome do lucro se encarregue de alimentar

Eurilinda mantém a jovialidade com bom-humor, exercícios e leitura (Foto: Arison Jardim/Secom)
Eurilinda mantém a jovialidade com bom-humor, exercícios e leitura (Foto: Arison Jardim/Secom)

Eurilinda mantém a jovialidade com bom-humor, exercícios e leitura (Foto: Arison Jardim/Secom)

Assim, alemã é alemã, senegalesa é  senegalesa e acreana é acreana. Não é preciso que todas sejam loiras, nem magras, nem eternamente jovens. Mas é preciso que façam florir algo dentro de si.

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