O nível do Rio Acre voltou a subir. Na manhã dese sábado, 27, o manancial registrou a marca de 1,63 metro em Rio Branco, de acordo com medição realizada pela Defesa Civil.
O governo, por meio do Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento (Depasa), segue executando o Plano de Contingência de Abastecimento, implementado em julho deste ano.
Uma nova configuração no sistema de abastecimento foi estabelecida nas Estações de Tratamento de Água (ETAs) da capital.
Cinco bombas em balsas flutuantes auxiliam na captação da ETA II, e nos próximos dias entrará em funcionamento a primeira bomba em balsa flutuante da ETA I.
Novas medidas deverão ser adotadas em um possível agravamento do cenário de seca, caso o manancial registre a marca de 1,25 metro.
Paralelamente às ações do plano, o governo também realiza a campanha “Nós Contra o Desperdício”, que visa conscientizar a população sobre o uso racional de água. As ações educativas e de fiscalização estão sendo promovidas nos bairros da capital.
O serviço de ligação gratuita por meio do 0800 721 1314 e mensagens feitas pelo aplicativo Whatsapp para o número 99238-0101 estão disponíveis aos consumidores para serviços administrativos, relato de falta de água e denúncias contra desperdício.
Queimadas
De acordo com o satélite de referência de monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), neste ano, de janeiro até agosto, o Acre registrou 1.932 focos de calor, entre queimadas urbanas e rurais.
Recentemente, todo o leste do estado foi afetado por grande concentração de fumaça, em decorrência dos ventos Sul, que, apesar de sua baixa velocidade, deslocam a fumaça. Rio Branco, Porto Acre e Bujari apresentam a maior concentração do puluente, oriundo de queimadas.
Ainda segundo o Inpe, o Acre ocupa a oitava posição no ranking de focos de calor dos Estados que compõem a Amazônia Legal. Mato Grosso, Tocantins e Pará lideram em termos de ocorrência. O satélite de referência do Centro de Prevenção do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC/Inpe) aponta que, somente, nos departamentos de Beni, Santa Cruz e Pando – estado da Bolívia –, nos últimos dois dias, foram registrados 20 mil focos de calor.
A soma das ocorrências de queimadas no Mato Grosso e Amazonas resultam em 23,4 mil focos, gerando um total de 43,4 mil pontos de calor no entorno de Rio Branco, se somadas aos registros das cidades bolivianas. Grande parte da fumaça produzida foi deslocada para o Acre gerando prejuízos à saúde da população.
Na última quinta-feira, 25, a direção dos ventos mudou e a massa de fumaça foi deslocada em direção à Bolívia.
Fiscalização
O Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA) e demais órgãos ambientais promovem ações educativas e repressivas sobre os perigos das queimadas. De julho a agosto, a autarquia já aplicou mais de R$ 200 mil em multas por crimes ambientais e cerca de 100 propriedades foram embargadas.
Operações de fiscalização de desmatamento ilegal e combate às queimadas estão sendo realizadas em todo o estado. Os cidadãos flagrados cometendo qualquer crime ambiental são autuado e têm suas áreas embargadas.