A Secretaria dos Pequenos Negócios (SEPN) está mudando a realidade de muitas famílias em Rodrigues Alves. Em parceria com o Instituto Dom Moacyr, ofereceu quatro modalidades de curso no ano passado: operador de roçadeira, manicure, cabeleireira e corte e costura. Além da capacitação, as pessoas receberam também o material necessário para poder atuar na profissão escolhida.
Foi o caso do roçador Francisco José Façanha. Diarista, ele estava em dificuldades. Fez o curso, ganhou uma roçadeira para trabalhar e desde então garante: “Melhorou a vida. Minha família não passa mais dificuldades. Chego a ganhar R$ 800 a R$ 900 por mês. Agora, quando a prefeitura chama a gente, estamos no ponto para trabalhar”.
Façanha aponta outro ponto positivo: além da roçadeira, os trabalhadores receberam equipamentos de proteção, como botas e caneleiras, receberam noções de segurança quando trabalham coletivamente, respeitando uma distância segura entre eles, e ainda aprenderam a resolver os problemas que comumente surgem na mecânica da roçadeira.
“A gente roçava um pouco, mas não sabia mexer com a máquina. Hoje, se der um problema, a gente sabe ajeitar, sem precisar levar para a oficina. Antes a gente roçava um perto do outro. Hoje, não: a gente mantém uma distância de pelo menos dez metros de um para o outro. O curso foi maravilhoso e ainda ganhamos os equipamentos de segurança. Eu agradeço ao governador Tião Viana, ao secretário Reis e ao prefeito Burica, que contratou a gente para tirar o mato das ruas”, afirma.
A costureira Maria José dos Santos é outra que agradece por ter tido a oportunidade de fazer um curso ofertado pelo governo do Estado. Ela já sabia costurar, mas confessa que aprendeu mais. “Foi muito bom o curso. Já sabia costurar, mas aprendi muito, e agora, a cada dia que passa, a gente aprende mais um pouco. Minha renda também aumentou e as pessoas cada vez trazem mais.”
Maria José ampliou o espaço em que trabalhava na própria casa, com o aumento das encomendas. Faz todo tipo de peças, menos paletó, e garante que trabalha rápido: “Chego a fazer cinco a seis vestidos por dia”. Agora ela começou a costurar fardas para o município vizinho de Mâncio Lima e já está em vias de contratar uma ajudante de costureira para trabalhar em seu ateliê. “Não estou dando conta de fazer todas as encomendas que aparecem e vou ter que contratar alguém para me ajudar.”
Cooperativa de Mulheres
No ano passado, com o incentivo da SEPN, um grupo de mulheres que fizeram cursos se organizou e formou a Cooperativa de Mulheres de Rodrigues Alves para potencializar a prestação de serviços. A cooperativa alugou um salão, onde 22 mulheres cooperadas passaram a prestar serviços de manicure, corte e costura e cabeleireira.
Segundo a presidente da cooperativa, Geni Gomes da Silva, através da cooperativa, as mulheres podem agora tentar um financiamento na CAIXA ou no Banco do Brasil para o material de consumo. “Tenho que agradecer muito ao governador e ao pessoal da Secretaria dos Pequenos Negócios, ao Reis e à Sílvia, por darem oportunidade a essas mulheres que não têm uma renda mensal. Muitas delas só têm o benefício da Bolsa Família.”
Todas as 22 cooperadas terão seu espaço no salão alugado. A presidente conta que o prefeito, Burica, já garantiu que a cooperativa vai ser contratada para confeccionar todos os uniformes escolares da rede pública municipal. “Eu estou no papel de coordenadora, mas também sou uma cooperada, uma costureira com muita honra, e estou aqui para fazer o fardamento das escolas e atender encomendas individuais. Quem tiver alguma roupa para fazer é só chegar aqui que as portas estão abertas.”
A costureira Irene Gomes de Carvalho é outra que se diz muito grata por ter tido a oportunidade de fazer o curso oferecido pelo governo do Estado. Ela já faz costura em casa, mas não vê a hora de se localizar no salão da cooperativa.
“Eu vivia em casa trabalhando só no meu lar. Hoje pude aprender a costurar. Eu e minhas colegas estamos ansiosas para colocar a mão na massa, porque isso para nós vai ser uma bênção. Muita coisa já mudou na vida das mulheres. Já fizemos roupas para vender. Minha sobrinha já fez umas roupas e o marido dela levou para o Paraná e vendeu. Esses recursos que estamos conseguindo é para o sustento das nossas famílias.”
A cabeleireira Terezinha de Araújo dos Santos já trabalha no salão da cooperativa. “Ficou melhor nossa vida, principalmente na parte financeira, porque muitas vezes a gente não tinha dinheiro para comprar o pão para os nossos filhos comer de manhã. Parabéns ao governador, por nos ajudar. Ele olha muito para nós. Já está valendo a pena, e mais para frente vai valer mais ainda”, disse.
A jovem manicure Janderlane Freitas da Conceição já trabalhava no ramo antes. “Eu já fazia manicure antes, mas fiz o curso e aprendi mais ainda. Gosto de trabalhar aqui, porque também vou ganhar meu dinheirinho. Já tenho algumas clientes, mas aqui no salão vou ter oportunidade de ter outras.”