Setor de fisioterapia do Hospital do Juruá faz 500 atendimentos ao mês

A senhora Helena da Silva Santos, de 79 anos, quebrou a perna e está em busca de se recuperar (Foto: Onofre Brito)

Helena da Silva Santos, 79, quebrou a perna e está em busca de se recuperar (Foto: Onofre Brito)

Implantado em novembro de 2011, o setor de fisioterapia do Hospital do Juruá realiza em torno de 500 atendimentos por mês. O serviço prestado evoluiu – no início eram feitos sete procedimentos pela manhã e outros sete à tarde. Hoje acontecem cerca de 20 procedimentos pela manhã, com um fisioterapeuta atendendo, e 40 pela tarde, com o trabalho de dois profissionais.

O fisioterapeuta Frederico Antônio Messias Braga atende pela manhã. Enquanto ele faz estimulação motora em um paciente, orienta outros a fazerem os exercícios. Ele conta: “A gente atende muitos casos de acidentes com motos, problemas de coluna, mas especificamente fazemos reabilitação motora, ortopédica e neurológica, área em que há muitas crianças na reabilitação”.

A agricultora Erinete Silva Cabral mora em Marechal Thaumaturgo e trouxe o filho Samuel, de cinco anos, uma criança especial, para fazer sessões de fisioterapia. No hospital ela aprendeu a fazer estimulação do filho com bolas: “O fisioterapeuta é quem faz o atendimento, mas ele me orienta e eu ajudo a fazer a estimulação. Agora tenho que voltar para minha cidade e lá não existe fisioterapeuta, mas vou continuar a fazer os exercícios que aprendi aqui”, disse.

 

Erinete Silva Cabral (D) mora em Marechal Thaumaturgo e acompanha o filho Samuel Cabral dos Santos nas sessões de fisioterapia (Foto: Onofre Brito)

Erinete Silva Cabral (D) mora em Marechal Thaumaturgo e acompanha o filho nas sessões de fisioterapia (Foto: Onofre Brito)

 

Bons equipamentos

Hoje, o setor de fisioterapia está bem equipado, segundo Braga. “Temos a bicicleta ergométrica, temos uma esteira e vários equipamentos para cinesioterapia. Podemos fazer atividades do tipo alongamento, fortalecimento… Temos pesos, halteres, faixas elásticas, bolas, vários equipamentos que ajudam no tratamento.” Braga conta ainda que se sente confortado em saber que muitos saem do setor recuperados,  enquanto outros já alcançaram grande evolução. Em média, um paciente necessita de 15 sessões, mas Braga alerta que isso depende da resposta do paciente e da gravidade da fratura.

O mototaxista Edgar Lima de Freitas sofreu um acidente há seis meses – caiu da moto em que trabalhava e quebrou o punho e a perna direita em dois lugares. Depois que foi operado passou a fazer sessões de fisioterapia. “Estou melhorando. Eu não mexia nem os dedos e hoje tenho movimento na mão. Passei uns três meses pulando só numa perna e agora já estou andando, dirigindo moto. Até voltei ao trabalho, mas não de modo efetivo, porque ainda dói. Devagarzinho vou levando a vida”, afirma.

Helena da Silva Santos, 79, quebrou a perna e está em busca de recuperar a mobilidade, pedalando na bicicleta ergométrica. Ela diz que tem esperança de voltar a andar normalmente, por isso se empenha nos exercícios.

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