A Agência Nacional das Águas (ANA) reconheceu a existência do Aquífero Rio Branco, validando o plano de manejo do aquífero aprovado no Conselho Estadual de Meio Ambiente, Ciência e Tecnologia (Cenact). Com isso, o manancial localizado na capital acreana passa a fazer parte do mapa das águas no Brasil.
A convalidação foi aprovada durante reunião em Brasília, com o presidente da ANA, Vicente Andreu, o diretor do Departamento de Pavimentação e Saneamento de Rio Branco (Depasa), Felismar Mesquita, e o secretário de Meio Ambiente, Edegard de Deus, que aconteceu no último dia 21.
Mesquita explicou que, além de reconhecer o plano de manejo do aquífero, a ANA também informará ao Ministério das Cidades que Rio Branco está capacitada a captar água por meio de duas modalidades: água bruta da superfície – através de rios, igarapés e açudes – e água bruta subterrânea, através do aquífero Rio Branco.
“A ANA também vai auxiliar o Imac nos procedimentos de outorga para explorar o aquífero, cedendo softwares e treinamento a pessoas para operarem o sistema de controle e fiscalização do aquífero, com toda eficiência e rapidez de que necessitamos”, disse Mesquita.
Até o próximo dia 12 de março será protocolado junto ao Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac) o projeto dos cinco primeiros poços que serão executados para atender a Cidade do Povo.
“A mudança no padrão de abastecimento vai trazer, além de uma água com melhor qualidade, custos diferenciados em relação à captação e tratamento de água bruta da superfície. Esse manejo é possível a partir de todos os esforços que foram feitos pelo governo do Estado, prefeitura de Rio Branco e pela Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais, a CPRM, ligada ao Ministério de Minas e Energia”, acrescentou o professor Edgard de Deus.
Meandro do Rio Acre em Brasileia receberá encosta
O Rio Acre está prestes a apartar em Brasileia. Para resolver o problema, a ANA vai liberar recursos para a recuperação do meandro. “A ANA vai financiar a contenção do barranco do rio com a mesma tecnologia que foi utilizada no Calçadão da Gameleira, que é o sistema de malha de fibrocimento. Isso vai evitar que o rio aparte e tenhamos problemas ambientais mais graves”, explicou o diretor do Depasa.