Em dados sobre desemprego no Brasil, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última sexta-feira, 20, o Acre aparece com índice menor que o nacional no primeiro trimestre de 2016 na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicilio Contínua (Pnad Contínua) – a taxa de desemprego no Brasil atinge 10,9%; no estado, é 8,44%.
Os números mostram que a opção de investir nas cadeias produtivas é a medida certa para combater o desemprego no cenário de crise econômica pelo que o mundo passa. Houve uma variação positiva de 30,7% do número de trabalhadores nas atividades de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, em relação ao primeiro trimestre de 2015.
Faz parte da política de governo o desenvolvimento incorporando a cultura dos povos da floresta aos programas públicos sustentáveis. Desde 2011 , foram investidos mais de R$ 500 milhões no setor rural do estado.
“O foco dos investimentos é crédito, assistência técnica e extensão familiar, plantio de seringueiras e frutíferas, como açaí, além de mecanização agrícola. Só este ano teremos mais de R$ 64 milhões em investimentos no setor rural”, afirma Glenilson Figueiredo, gestor da Secretaria de Estado de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof).
O deputado Estadual Lourival Marques, que foi secretário de produção na primeira gestão do governo Tião Viana, também aposta nessa iniciativa: “Eu acredito muito que as políticas públicas na área de piscicultura, suinocultura, avicultura, pecuária e setor extrativista são a chave para manter o emprego nesse setor, além de fortalecer a produção rural. Isso é fruto de uma política que o governador Tião Viana apostou desde o início de sua gestão. Acredito que estamos só no começo e podemos fazer mais, a economia rural do Acre é uma saída para o desenvolvimento do estado”
Parceiros como como Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird), Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o banco alemão KfW e o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) apostam na economia verde do Acre, que pensa no meio ambiente, trabalha as áreas degradadas, refloresta e fomenta as cadeias produtivas.
“O Acre segue colhendo os frutos de seu desenvolvimento, contando sempre com a força de sua população. Chegamos à casa de R$ 1 bilhão em receita com o peixe e a suinocultura, atividades que integram a indústria com o agricultor familiar. Aumentamos em seis vezes o plantio do milho, principal insumo de rações”, afirma o governador Tião Viana.
Um exemplo de como o investimento chega ao produtor é José Petelim e sua família, no Projeto de Assentamento Baixa Verde, localizado na BR-317, em Senador Guiormard.
Com apoio, chegam a produzir 300 hectares de milho e de 80 a 100 hectares de melancia por ano. “Sem esse apoio dos técnicos rurais, não teria como a gente trabalhar – nem aqui nem em lugar nenhum. Aqui a gente é movido pela ajuda do governo”, afirma Petelim.