Produtores rurais que estão recebendo apoio na mecanização disponibilizada pelo governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), começam a colher milho e melancia que foram plantados com auxilio da mecanização. Nesta quinta-feira, 10, o governador em exercício César Messias e o secretário de Produção Familiar Lourival Marques acompanharam a colheita em três propriedades localizadas na BR-364.
A primeira propriedade foi uma área arrendada pelo produtor Ronaldo Petelim, que está colhendo cerca de 20 mil melancias, o que está rendendo cerca de R$ 100 mil ao produtor. Somente na última semana Pitelim enviou a Rondônia quatro caminhões com melancias.
O secretário Lourival Marques frisa que a maior parte da produção é adquirira pelo comércio local. César Messias comentou que fica muito feliz em ver a expansão que a produção rural tem apresentado nos últimos dois anos no Acre. Ele lembrou que o investimento no setor está modificando a economia rural acreana.
“Antes, praticamente 90% da melancia consumida no Acre vinha de São Paulo. Hoje você vê que isso mudou. O Acre está ficando autossuficiente na cultura da melancia. Somente nesta região aqui da BR-364 vamos ter a colheita de 200 mil unidades de melancia e já vemos que estamos mandando melancia até para outros Estados, como este produtor que está exportando para Rondônia. Isso tudo é fruto do perfil do mandato do governador Tião Viana”, disse César Messias.
Mecanização para auxiliar na produção rural
Já na propriedade do tio de Ronaldo, o produtor Luiz Petelim, localizada no Projeto de Assentamento Baixa Verde, a produção diversifica no plantio de milho, melancia, feijão e arroz. Nesta semana, uma máquina disponibilizada pela Seaprof começou a fazer a colheita de milho que está plantado em 15 hectares. O grão foi plantado em setembro do ano passado.
“Essa plantação de 15 hectares deve render 1.700 sacas de milho. Daqui esse milho será enviado para o silo graneleiro e deve ficar lá por um dia. Essa produção vai render R$ 51 mil”, afirmou Luiz Petelim.
Luiz Petelim veio de São Paulo há quatro anos para tentar construir uma vida melhor com outros dez familiares. Ele conta que, se fosse tentar investir na produção rural em seu Estado, sabe que não teria o apoio do governo de lá.
“O que facilitou muito o meu trabalho foi essa máquina da Seaprof, porque se eu fosse pagar do meu bolso o aluguel ia me custar pelo menos uns R$ 4.500. Com a ajuda da Seaprof cedendo a máquina, eu pago apenas uns R$ 700 de diesel. Aqui no Acre só não trabalha quem não quer, porque a gente tem ajuda do governo e apoio técnico da Seaprof”, comentou Petelim.
Lourival Marques lembra que os investimentos em mecanização feitos pelo governo do Estado ao adquirir 365 máquinas são justamente para beneficiar aqueles trabalhadores rurais que encontravam dificuldades para expandir sua produção pela falta de recursos para investir na aquisição de maquinário.
“Com a mecanização, a nossa estimativa para este ano é ter uma safra recorde de milho, que deve chegar a 64 mil toneladas de milho. Além disso, estamos ampliando três silos graneleiros, e outros três estão sendo construídos para atender a demanda, que triplicou desde 2011. Isso e os outros esforços na área de produção estão fazendo com que o Acre tenha de fato a consolidação da classe média rural”, declarou Marques.
Produção para agregar valor no período de estiagem
A terceira propriedade visitada pelo governador César Messias e pelo secretário Lourival Marques foi a de Carlos Miranda. O produtor está investindo na plantação de milho, mas seu plantio tem uma finalidade diferente da plantação de Petelim.
O plantio na propriedade de Miranda auxilia na alimentação das vacas leiteiras durante o período da estiagem. Segundo explicação de Carlos Miranda, ele planta o milho e o colhe antes que o grão amadureça.
“Eu não conhecia a silagem, mas há quatros anos meu filho fez um trabalho e aprendeu como fazer a silagem, e agora eu planto o milho, colho, vem a máquina e faz a tritura. O milho triturado é utilizado para ser ração das vacas quando chega a época da estiagem. Faço esse plantio mais pela melhoria na alimentação dos animais. Mas, às vezes, eu vendo para um ou outro amigo que me procura”, explica o produtor.
Cada dois hectares e meio de milho triturado pronto para ser ração pode ser vendido por R$ 15 mil. Após a colheita e a tritura do grão, o material fica armazenado em sacos prontos para serem consumidos.
“Essa alternativa utilizada pelo senhor Carlos Miranda faz com que as vacas não percam a qualidade do leite que produzem no período da estiagem, quando o pasto fica seco”, completou Lourival Marques.
