Senado aprova maior rigidez para aplicação da Lei Seca

O plenário do Senado Federal aprovou, nesta terça-feira, 18, o projeto de lei da Câmara (PLC 27/2012) que modifica a Lei Seca, estabelecendo medidas que ampliam a possibilidade de comprovação da embriaguez. O texto segue para sanção da presidente Dilma Rousseff.

Modificações na Lei Seca visam diminuir a alcoolemia e acidentes de trânsito (Foto: Igor Martins)

Modificações na Lei Seca visam diminuir a alcoolemia e os acidentes de trânsito (Foto: Igor Martins)

Com as alterações, não apenas o bafômetro e o exame de sangue podem servir como prova de que o condutor estava dirigindo embriagado. Agora, testemunhos de terceiros, depoimento do agente de trânsito, imagens de vídeo e exames clínicos também podem ser utilizados.

Outra medida é  o aumento do valor da multa para motoristas flagrados alcoolizados. De R$ 957,70, a multa passa para R$ 1.915,40. Se houver reincidência nos últimos 12 meses, o valor pode ser dobrado.

Para a diretora-geral do Detran, Sawana Carvalho, as alterações pretendem tornar a aplicação da Lei Seca mais eficiente. “É uma forma de diminuir a alcoolemia e os acidentes nas vias públicas. No Acre, por exemplo, tivemos até outubro deste ano uma redução de 22% no número de mortes no trânsito, e isso se deve também ao trabalho realizado pela Operação Álcool Zero.”

Desde 2011, a Operação Álcool Zero tem sido desenvolvida com o intuito de combater a união de álcool e direção. Além da fiscalização, são realizadas palestras educativas. “Os acidentes diminuíram exatamente porque os condutores, cada vez mais, têm a consciência de que essa mistura é perigosa. Queremos educar os motoristas de forma preventiva e salvar vidas”, ressalta Sawana.

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