Produtores rurais do Ramal São José, localizado na BR-364, sentido Rondônia, na área pertencente a Senador Guiomard, receberam do governador Tião Viana e do secretário de Produção, Lourival Marques, nesta quarta-feira, 19, ordenhadeiras mecânicas para auxiliar na produção leiteira.
De acordo com o secretário Lourival Marques, serão entregues45 kits de ordenhadeiras em nove municípios do Estado.
“Aqui no Ramal São João serão beneficiados 10 produtores rurais. Mas, em breve, outros serão agraciados porque o governador Tião Viana assegurou, nesta manhã, que a Seaprof [Secretaria de Estado de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar do Estado do Acre] está autorizada a adquirir outras 100 ordenhadeiras”, contou o secretário.
Lourival Marques observou que antes os produtores levavam em média entre três horas e meia ou quatro horas para fazer a ordenha das vacas. Com a mecanização do serviço a retirada dos leites cai para uma hora.
“Isso faz com que os produtores tenham mais tempo para dedicar-se a outras atividades, como a criação de peixes, aves, suínos e plantações. As ordenhadeiras permitem a melhor das técnicas e trazem mais qualidade de vida para os produtores rurais”, ressaltou o secretário de Produção Familiar.
Produtores aumentam produção e ganham tempo
A solenidade de entrega das ordenhadeiras aconteceu na propriedade do produtor Gilson José Bezerra da Silva, um dos 10 beneficiados pelas máquinas. Gilson da Silva não escondia a alegria de ver que havia chegado o dia de receber a máquina, que, segundo ele, vai mudar o tempo de trabalho na retirada de leite das vacas.
“A mão de obra fica muito fácil, porque a máquina agiliza o trabalho. Tudo que tem essa ajuda de uma máquina fica mais rápido. É como uma dona de casa ter uma máquina de lavar roupas dessas modernas – enquanto a máquina lava, ela pode fazer outras coisas. Com a ordenhadeiras, enquanto ela estiver tirando o leite, a gente ganha tempo”, comentou.
Gilson da Silva garante que o ganho de tempo proporcionado pela mecanização da ordenha permitirá que ele e sua família tenham mais tempo para cuidar da criação de galinhas. Ao todo o produtor já possui 2.500 aves.
Gilson da Silva ressaltou que, se ele fosse adquirir a máquina com recursos próprios, com certeza demoraria mais tempo para comprá-la, e se utilizasse uma linha de crédito a renda familiar corria riscos de ficar bastante comprometida.
“Eu teria que tirar do meu bolso uns R$ 9 mil se fosse comprar essa máquina. Essa economia que nós temos com o governo é muito boa. Isso é um presente de Natal que o governo está dando para todos os produtores”, comemora o produtor.
Já o produtor Carlos Alonso, o “Cabôco”, frisa que a máquina, além de permitir que o processo de retirada de leite das vacas aconteça em tempo menor, a ordenhadeiras traz mais qualidade ao produto.
“Quando a gente tira o leite da vaca com as mãos fica difícil evitar certas impurezas no contato do leite com as mãos. Com as máquinas, as tetas das vacas são bem lavadas, saem as impurezas e a gente tem um leite de qualidade”, ressaltou Carlos Alonso.
Diversificação de produção é importante para a economia rural
O produtor Rosildo Lima revelou que há apenas pouco mais de um ano e meio começou a investir na produção leiteira. “Passei de zero litro de leite por dia para 250 litros. Mas, o produtor não pode fazer como os seringueiros e apostar numa coisa só. Tem que diversificar. Tem que investir em peixe, porco, galinha, milho, macaxeira… Tudo isso ajuda quem vive no campo a ganhar mais e viver melhor”, disse.
Rosildo Lima contou que, graças aos investimentos que ele fez e aos incentivos recebidos por parte do governo na área rural, hoje ele consegue ter uma renda fixa boa e bens como caminhão e caminhonetas que antes ele nem imaginava ter sendo apenas um trabalhador braçal.
O reconhecimento vem pelas ações de quem é beneficiado
O governador Tião Viana declarou que ver a expressão de cada produtor e as conquistas que eles apresentam depois de receber incentivos do governo na produção rural é o reconhecimento de que a política rural desenvolvida neste governo está no caminho certo.
“A gente vê aqui que antes quem não produzia nada tem uma renda familiar e conseguiu formar as esposas, como o caso do ‘Cabôco’, que formou a filha e a esposa e já conseguiu comprar suas caminhonetes. É isso que importa na economia rural: a condição de trabalho, a viabilidade do mercado e o resultado do surgimento de uma classe média rural no Acre”, concluiu o governador.
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