Durante coletiva de imprensa realizada na manhã desta quinta-feira, 12, a Polícia Civil e o Ministério Público do Acre (MPAC) deram os detalhes da 3ª fase da Operação Lares.
Segundo a polícia, todos os proprietários irregulares das casas, localizados e intimados, foram notificados sobre o prazo de 48 horas para desocupação dos imóveis, e caso haja descumprimento, as prisões preventivas podem ser decretadas pela Justiça.
Dos 37 mandados de condução coercitiva, 31 foram cumpridos, e as partes dirigidas à sede da polícia para prestarem depoimentos. Quanto às outras seis não localizadas, os agentes darão continuidade às buscas.
Os contratos fraudulentos serão cancelados, e as unidades habitacionais, devolvidas à Caixa Econômica Federal. O governo do Estado realizará novo sorteio para contemplar aqueles que realmente necessitam.
“É uma diretriz do governo do Estado em que sejamos intransigentes e implacáveis sobretudo no aspecto investigativo, para identificar e coibir qualquer tipo de ilícito cometido. Quantas fases forem necessárias dessa operação serão feitas, independentemente de quem esteja envolvido”, observou o secretário de Estado de Segurança Pública, Emylson Farias.
Apoio do Ministério Público
O inquérito policial aponta indícios robustos de 40 contemplações irregulares, sendo que apenas três destas não chegaram a tomar posse real das casas. Até o momento, todas as etapas da Operação Lares estão sendo acompanhadas pelo MPAC.
“A Polícia Civil nos fez um pedido de cooperação, no sentido de identificar algumas situações de distorções do perfil socioeconômico por meio do cruzamento de dados. Realizamos visitas nos conjuntos e realizamos o cruzamento de informações, identificando até mesmo pessoas do mesmo núcleo familiar que nos levaram até os investigados”, pontuou o promotor Bernardo Fiterman.
Segundo o secretário de Estado de Polícia Civil, os desdobramentos das investigações são de interesse do próprio governo. “A Polícia Civil vai continuar investigando de forma isenta, de forma firme, sobretudo dentro dos parâmetros legais, garantindo o benefício a quem de direito e a que realmente precisa dessas casas”, finalizou o delegado Carlos Flávio Portela.
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