Setores da pecuária e ambiental se reúnem para a construção de um subprograma de serviços ambientais

As diretrizes e indicadores discutidos levam em consideração a intensificação da produção bovina excluindo a possibilidade de novos desmatamentos (Foto: Assessoria IMC)

As diretrizes e indicadores discutidos levam em consideração a intensificação da produção bovina, excluindo a possibilidade de novos desmatamentos (Foto: Assessoria IMC)

O Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia reuniu durante toda esta quarta-feira, 5, representantes do setor da pecuária, incluindo produtores, sindicatos, ONGs, institutos e secretarias do governo federal e estadual para iniciar a construção do Subprograma Pecuária do Programa de Incentivo a Serviços Ambientais, o ISA-Carbono.

“O Sisa pode ajudar a consolidar uma cadeia produtiva que já avançou muito. Os serviços ambientais podem se constituir em incentivos adicionais para promoção da pecuária sustentável”, explicou o diretor-presidente do IMC, Eufran Amaral.

As diretrizes e indicadores discutidos levam em consideração a intensificação da produção bovina, excluindo a possibilidade de novos desmatamentos. Participam da oficina a Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), Secretaria de Estado de Agropecuária (Seap), Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf), Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Acre (Fetacre), Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), Embrapa Acre, Oscip Aliança da Terra, Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável e a ONG Forest Trends.

Além do Instituto de Mudanças Climáticas e Regulação de Serviços Ambientais – IMC, que é o órgão gestor do Sistema de Incentivo a Serviços Ambientais do Acre – SISA, do qual o ISA-Carbono faz parte, ambos criados pela Lei 2.308/10.

De acordo com a coordenadora do Ipam, Elsa Mendoza, a construção de um subprograma vai contribuir com a cadeia da pecuária. “Estamos trabalhando para identificar os gargalos e ajudar esse setor a produzir mais e melhor, com desmatamento zero. Aqui estamos lançando as bases para a construção de um subprograma para esse importante setor da economia do Acre”, finalizou.

Este instituto, em parceria com o IMC e a Embrapa, elaborou um estudo para subsidiar a tomada de decisões do grupo, elencando informações como expansão do rebanho, custos de produção, preço de carne e renda da pecuária.

O chefe geral da Embrapa Acre, Judson Valentim, enfatiza que as tecnologias que permitem uma produção mais sustentável já existem. Os pequenos, médios e grandes produtores mantêm áreas de floresta e protegem os lugares produtores de água também. “Além de pecuaristas, eles podem ser vistos como promotores dos serviços ambientais e podem ser valorizados por isso.”

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