Os educandos do curso Técnico em Agroecologia do Instituto Dom Moacyr (IDM), por meio da Escola da Floresta Roberval Cardoso, realizaram nos dias 28 e 29 (ontem e hoje) a apresentação das atividades desenvolvidas no primeiro Tempo Comunidade. O curso faz parte das ações desenvolvidas pelo Programa de Inclusão Social e Desenvolvimento Econômico Sustentável do Acre (ProAcre). A atividade foi realizada no auditório da escola, com a presença de profissionais da área de aprendizagem e parceiros que apoiam os cursos.
O Tempo Comunidade é o momento em que os educandos, que estão em regime de internato, retornam às suas localidades rurais para realizar a prática dos conhecimentos adquiridos na escola a fim de fazer levantamento e coleta de dados sobre as necessidades. O objetivo das apresentações é realizar uma avaliação do que foi vivenciado e socializar com o público presente.
O Técnico em Agroecologia, no fim do curso, estará apto a desenvolver atividades em frentes de produção agroflorestal, pecuária e organizações sociais (cooperativas e sindicatos), buscando junto aos órgãos envolvidos a efetiva participação.
A oferta dos cursos se dá por uma ação do governo do Estado e do Instituto Dom Moacyr, executado pela Escola da Floresta em parceria com a Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Acre (Fetacre), Secretaria do Meio Ambiente (Sema) e Grupo de Pesquisa de Extensão em Sistemas Agroflorestais do Acre (Pesacre).
A Escola da Floresta já ofertou formação técnico-profissional e de curta duração a representantes de comunidades dos 22 municípios do Estado. Na escola, eles realizam práticas de estudo e participam da manutenção das atividades de agricultura, criação de aves, suinocultura, bovinocultura, hortaliças, frutíferas e apicultura.
Segundo o coordenador da área de Agroecologia, Francisco de Assis, ações como o Tempo Comunidade são necessárias para a consolidação das atividades e formação de lideranças nas comunidades, e que após a formação retornam para atuar como técnicos.
Para a educanda do Curso Técnico em Agroecologia Lucenilda Silva de Lima, do projeto de Assentamento Envira, em Feijó, o curso é ótimo, e a prática é melhor ainda. “Fizemos os trabalhos, conhecemos mais ainda a comunidade e todos foram bem atenciosos. Espero adquirir mais conhecimentos para poder ajudar os que precisam”, disse.
O educando do curso Técnico em Agroecologia Wenderson Silva, do Projeto de Assentamento Recreio, comunidade Nova Vida, completa: “O curso está nos dando uma visão de futuro, de como vamos atuar em nossas comunidades, e fazer esse diagnóstico foi mais um desafio que vencemos”.
O diretor-presidente do IDM, Marco Brandão, destaca: “O objetivo da formação é fortalecer as comunidades produtivas, evitando a sua migração para as cidades, e com o efetivo trabalho dos educandos, instruídos dentro da lógica da sustentabilidade na produção e no manejo e ênfase na preservação do meio ambiente, será colocado em prática o bom aprendizado realizado pela escola”.