Decisão da Justiça manda Funai a demarcar terra dos Arara do Amazônia

De acordo com o MPF,  o Incra não poderá mais fazer assentamentos na região

 Decisão anunciada nesta quarta-feira, 9, determina à Fundação Nacional do Índio (Funai) demarcar em  90 dias as terras indígenas da tribo  Arara do rio Amônia, em  Marechal Thaumaturgo.

De acordo com informe do Ministério Público Federal,  a  Justiça também definiu que o Incra não assente beneficiários da reforma agrária no projeto de assentamento do Rio Amônia. Ainda de acordo com o MPF, o Incra já teria assentado cerca de 260 famílias na região do Amônia.

A nota do MP diz que "uma das razões para o MPF  mover a ação refere-se à existência de conflitos envolvendo indígenas e não-indígenas residentes na região, inclusive com os assentados da reforma agrária. Com essa decisão, espera-se que os conflitos deixem de ocorrer". "Tanto a União, quanto a Funai e o Incra não contestaram os fatos alegados na Ação Civil Pública proposta. Os órgãos admitiram a existência dos elementos apresentados pelo MPF e apresentaram preocupação com a área", disse  o procurador da República, Anselmo Henrique Cordeiro Lopes.  A Justiça Federal fixou uma multa diária de R$ 2 mil caso haja o descumprimento da decisão. O MPF  irá acompanhar o problema na região e adotará novas medidas caso se verifique alguma alteração na realidade local que esteja em desacordo com a determinação judicial.

 

Agência de Noticias do Acre
Com assessoria de imprensa do MPF

 

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