Um destacamento de fuzileiros navais do Batalhão de Operações Ribeirinhas, subordinado ao IX Distrito Naval da Marinha do Brasil, sediado em Manaus (AM), está em Cruzeiro do Sul realizando patrulhas e inspeção naval ao longo do Rio Juruá. O exercício faz parte da Operação Ágata 6, realizada pelo Exército, Marinha e Aeronáutica, com parceria de órgãos federais estaduais e municipais, visando coibir ações ilícitas na Amazônia.
No período da operação, iniciada no último dia 9, um efetivo de dez mil homens atuará numa área de fronteira de aproximadamente 4.200 quilômetros, focando nos Estados de Mato Grosso, Rondônia e Acre, que não participaram das edições anteriores da Operação Ágata.
Segundo o tenente Vinícius, comandante do Batalhão de Operações Ribeirinhas, nas abordagens das embarcações são fiscalizados a documentação, os equipamentos de segurança e o transporte de materiais perigosos junto com passageiros. As abordagens estão tendo um sentido mais educativo, no entanto, o tenente alerta que em dezembro deverá ser inaugurada uma agência da Capitania Fluvial em Cruzeiro do Sul, quando a fiscalização será rotineira e obrigará todos a se ajustarem às leis, trazendo assim mais segurança ao tráfego fluvial.
O tenente também especificou outra vantagem: hoje as embarcações só podem se regularizar em Eirunepé (AM) – com a agência em Cruzeiro do Sul, todos os serviços serão oferecidos aqui. Para suas ações, o batalhão da Marinha conta com o apoio da Polícia Federal especialmente em relação a tráfico de drogas, de plantas ou de animais da biodiversidade local e contrabando, e também tem o apoio do 61º BIS, com soldados e embarcações.
Índio Ashaninka se afogou
No domingo, 14, o grupo de inspeção naval avistou um grupo de índios pedindo ajuda, próximo à Boca do Rio Môa. Os índios estavam descendo o rio numa canoa de motor de rabeta, aparentemente alcoolizados, e a canoa virou. Um dos índios estava desaparecido. Os demais pediram ajuda à patrulha, que logo acionou mergulhadores do Corpo de Bombeiros e, utilizando duas embarcações cedidas pelo 61º BIS, localizaram o corpo do indígena Francisco Ashaninka, de 36 anos, três horas mais tarde.