Nessa quinta-feira, 31, o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf) reuniu veterinários, representantes de casas agropecuárias e produtores rurais para o lançamento da obrigatoriedade da vacinação contra a brucelose bovina em fêmeas acima de oito meses de idade.
A obrigatoriedade é resultado da publicação de uma portaria da instituição, visando coibir a doença. A brucelose é uma enfermidade infectocontagiosa que traz prejuízos ao rebanho bovino, principalmente o gado leiteiro, provocando artrose, artrite e aborto nas fêmeas.
Um fator de preocupação é que a brucelose é transmissível ao ser humano. “O contágio se dá por meio de carne mal cozida, consumo de leite não fervido e também pela pele, caso quem esteja trabalhando com o animal doente tenha algum ferimento na pele”, afirmou Francisco Ferreira, coordenador do programa de controle e erradicação da brucelose do Idaf.
A vacinação já é obrigatória para as fêmeas com idade entre três e oito meses. Com a portaria, mesmo não tendo registro da doença no Acre, o Idaf obriga, dentro do prazo de 60 dias, que todas as fêmeas com idade acima de oito meses sejam imunizadas. “Queremos garantir que quem não foi vacinado na época certa tenha a sanidade necessária para continuarmos com a qualidade no nosso rebanho”, destacou Mamed Dankar, diretor-presidente do instituto.
Para garantir a vacinação, o Idaf lança mão, mais uma vez, da parceria com a iniciativa privada, já que a vacina é aplicada por veterinários e agentes vacinadores treinados pelo próprio instituto. “Como já acontece com a aftosa, estamos aqui para garantir estoque suficiente da vacina e pessoal qualificado para sua aplicação”, afirmou Paulo Gomes, representante de uma casa agropecuária.