Governo do Estado inicia exploração do Aquífero Rio Branco

Em coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira, 21, o governo do Estado anunciou a contratação da empresa que irá construir os poços para captação de água no aquífero de Rio Branco. O aquífero tem capacidade para abastecer 800 mil pessoas e será usado principalmente para levar água aos moradores de todo o Segundo Distrito, onde está localizado, e à futura Cidade do Povo, beneficiando cerca de 110 mil pessoas.

O Governo do Estado do Acre anunciou que já contratou a empresa que irá construir os poços para captação de água no aquífero de Rio Branco (Foto: Angela Peres/Secom)

O governo do Estado do Acre anunciou a contratação da empresa que irá construir os poços para captação de água no aquífero de Rio Branco (Foto: Angela Peres/Secom)

O aquífero é uma formação ou grupo de formações geológicas que pode armazenar água subterrânea. São rochas porosas e permeáveis, capazes de reter água e de cedê-la. O objetivo é construir no aquífero de Rio Branco 50 poços de captação, que devem ser o suficiente para atender a população. Segundo o secretário de Obras, Wolvenar Camargo, com a licitação feita e a empresa já contratada, os primeiros poços devem ser construídos até dezembro deste ano.

Hoje, a água que abastece o Segundo Distrito sai da Estação de Tratamento de Água (ETA 2), localizada na Sobral. São 150 litros/s de água tratada, sendo que no futuro, com a Cidade do Povo, que vai abrigar 50 mil pessoas após a conclusão das suas obras, a necessidade mínima será de 400 litros/s.

O superintendente do Depasa Rio Branco, Felismar Mesquita, explica que a água do aquífero é livre de muitas impurezas, pois é naturalmente filtrada. Atualmente, o Depasa gasta R$ 1,20 para tratar 1m³ de água. Com o aquífero haverá uma redução no tratamento de 60% a 50% nesse valor. Para Felismar, o Segundo Distrito foi “abençoado pela natureza” com esse aquífero. “Com esses 50 poços, toda a demanda será suprida e no futuro poderemos até levar essa água também para a outra região da cidade.”

Felismar Mesquita lembrou que a exploração do aquífero é competência do Estado. “Toda água subterrânea é de outorga do Estado para uso exclusivo de sua gestão. O município não tem competência legal para gerir esse recurso”, explicou.

O Superintendente do Depasa Rio Branco, Felismar Mesquita, explica que a água do aquífero é livre de muitas impurezas já é naturalmente filtrada (Foto: Angela Peres/Secom)

O superintendente do Depasa Rio Branco, Felismar Mesquita, explica que a água do aquífero é livre de muitas impurezas, pois é naturalmente filtrada (Foto: Angela Peres/Secom)

Desde 2006 o aquífero de Rio Branco vem sendo estudado. Em 2008 e 2009 os estudos comprovaram a viabilidade de sua exploração. O geólogo Rhomerio Melo fez uma comparação do aquífero com uma conta corrente quanto a sua administração. “É preciso verificar o quanto temos, quanto precisamos e quanto temos que gastar. Esse aquífero pode abastecer a população para sempre, mas com uma boa gestão e monitoramento, e é isso o que o governo está fazendo”, disse.

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