O governador Tião Viana recebeu na Casa Civil, na última semana, uma cópia do livro “O Exército Brasileiro nas Terras de Rondon”, enviada pela 17ª Brigada de Infantaria de Selva de Rondônia, entregue pelo comandante do 4º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS), tenente-coronel Medeiros Júnior. O livro conta a trajetória do militar e sertanista brasileiro marechal Rondon, no período em que militou no Acre e Rondônia.
“Este livro marca a chegada de Rondon a Rondônia. Ele fala dos militares de Rondônia e Acre, contando um pouco da história do nosso estado, com uma menção a Plácido de Castro, Marechal Thaumaturgo e major Guiomard”, explicou o comandante Medeiros Júnior ao governador.
O livro narra o processo de independência que depois anexou o Acre ao Brasil. “O livro expressa bem a característica do acreano, que, segundo Rondon, é um povo brasileiro por opção”, observou Medeiros Júnior.
O livro foi escrito por vários historiadores. Foi editado e capitaneado pelo comando da 17ª Brigada de Infantaria de Selva, além de vários militares que se dispuseram a falar da história desses dois estados e da chegada desses militares. O lançamento oficial foi feito no dia da inauguração do memorial Rondon, no início deste ano, em Porto Velho.
Quem foi Marechal Rondon?
Cândido Mariano da Silva Rondon, o Marechal da Paz e Patrono das Comunicações, nasceu em 5 de maio de 1865, na cidade de Mimoso (MG), e faleceu em 19 de janeiro de 1958, no Rio de Janeiro. Engenheiro, formado pela Escola Militar, na Praia Vermelha, Rondon foi professor de matemática, ciências físicas e naturais, além de ter sido um dos primeiros e mais importantes indigenistas, etnólogos, antropólogos, geógrafos, cartógrafos, botânicos e ecologistas do país.
Durante 40 anos, percorreu, a pé, em lombos de mulas ou em frágeis canoas, cerca de 77.000 km (quase duas voltas em torno da Terra), desbravando o sertão brasileiro. Nessas expedições, implantou o telégrafo, o primeiro sistema de telecomunicações, nas completamente isoladas regiões Centro-Oeste e Norte e, assim, conseguiu integrar dois “brasis” que não se falavam: o “Brasil do litoral” com o “Brasil do interior”.