Dois alunos da Escola Estadual João Batista Aguiar – Felipe Nogueira de Oliveira e Rodrigo Paiva Soares -, sob a coordenação da professora de Biologia Marineide Ferreira, apresentarão na 14ª edição da Feira Brasileira de Ciência e Tecnologia (Febrace), em São Paulo, o projeto “Bambu como alternativa para conter o desbarrancamento no Rio Acre”, entre os dias 15 e 17 deste mês.
O projeto começou a ser idealizado em 2002, quando um morador do bairro São Francisco sugeriu plantar bambu na encosta do rio para conter o desbarrancamento. A ideia foi aceita, na medida em que o material é encontrado com muita facilidade e em abundância nesta região.
Depois disso, a Fundação de Tecnologia do Acre (Funtac) realizou estudos e comprovou a eficiência do bambu. A professora Marineide começou a pesquisar um pouco mais sobre a raiz e o próprio bambu como matéria-prima. Paralelamente, ela também iniciou um trabalho acadêmico (pós-graduação) na Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop), em Minas Gerais.
“As raízes do bambu são cabeleiras, fazendo com que elas detenham os sedimentos das enchentes e também a correnteza de água”, explica a professora, acrescentando que o bambu, como experiência para conter o desbarrancamento, já foi plantado próximo à passarela Joaquim Macedo, no bairro Conquista e também na Fazenda Potangui, na estrada de Sena Madureira (BR-364).
Entre as vantagens do bambu, ela cita o fato de a planta se tornar adulta em menos de cem dias, ter uma envergadura resistente, ser ornamental e ainda servir para amenizar o clima. “No caso de Rio Branco, também ajuda a preservar o patrimônio histórico do centro”, explica.
Além da Febrace, o projeto já foi apresentado na Feira de Ciência Jovem em Olinda (2013), na Feira de Ciência e Tecnologia, em Rio Branco (2013), na 66ª SBPC, em Rio Branco (2014), e também na Feira Repensando o Amanhã, realizada pela Samsung, em Manaus (2015).
