Saúde Itinerante completa 12 anos de atividades com atendimento no Juruá

A meta é zerar a quantidade de pacientes que precisam de cirurgias no joelho. Saúde Itinerante realiza mutirão cirurgias, atendimentos médicos e exames (Foto: Onofre Brito/Secom)
A meta é zerar a quantidade de pacientes que precisam de cirurgias no joelho. Saúde Itinerante realiza mutirão cirurgias, atendimentos médicos e exames (Foto: Onofre Brito/Secom)
A meta é zerar a quantidade de pacientes que precisam de cirurgias no joelho. Saúde Itinerante realiza mutirão cirurgias, atendimentos médicos e exames (Foto: Onofre Brito/Secom)

A meta é zerar a quantidade de pacientes que precisam de cirurgias no joelho. Saúde Itinerante realiza mutirão de cirurgias, atendimentos médicos e exames (Foto: Onofre Brito)

Criado pelo governador Tião Viana – então senador – no ano 2000, o Programa Saúde Itinerante completa neste mês de setembro 12 anos de atividades. No período, todos os municípios foram contemplados, com atenção especial às comunidades mais isoladas, com milhares de consultas, exames, cirurgias e outros procedimentos.

Mais dinâmico que nunca, o Itinerante comemora a data trabalhando, tendo atuado em três frentes no Vale do Juruá neste fim de semana: No Hospital Regional do Juruá foram realizadas cirurgias de ligamento dos joelhos; em Mâncio Lima, em jornada normal do Itinerante, uma equipe de 14 médicos atendeu 800 pessoas e realizou 300 exames; no Hospital da Mulher e da Criança, dois médicos fizeram laqueaduras em pacientes inscritas no Programa de Planejamento Familiar do governo federal.

No Hospital do Juruá, a ação é resultante da parceria com o TFD. A demanda reprimida do TFD em relação às cirurgias de joelhos era de 42 pacientes e a ordem expressa do governador Tião Viana, segundo conta a coordenadora estadual do TFD, Ediná Monteiro, é de zerar a fila dos necessitados de cirurgia.

O Itinerante trouxe dois cirurgiões: Rodrigo Minuano e Francislei Lima de Freitas. Eles chegaram na sexta-feira à tarde e logo começaram a trabalhar, fazendo ainda quatro cirurgias, em atividade que durou até a meia noite. No sábado, foram realizadas mais oito cirurgias.

Até o fim do mês, os médicos retornarão para mais uma jornada até zerar a fila. Ediná ressalta o papel do corpo clínico do Hospital do Juruá, que oferece todo o suporte inclusive com os anestesistas e auxiliares de enfermagem, além da cessão do centro cirúrgico. O topógrafo Otomar Coelho da Costa submeteu-se a cirurgia na sexta-feira e tem certeza de que vai se recuperar. Em 2005, jogando bola, ele machucou o joelho e desde então só pode trabalhar em “serviço leve”.

O professor Nelson Costa da Silva já estava internado, pois faria a cirurgia no sábado. Ele também se machucou num jogo de futebol, há um ano e oito meses. “O joelho me incomoda quando ando. Não posso fazer nenhuma atividade física. Continuei meu trabalho, mas me atrapalha. Há quatro meses fiz a consulta e agora vou fazer a cirurgia. Estou muito satisfeito e, se Deus quiser, vai dar tudo certo”, afirma.

O policial militar Vanderlei Gadelha conta que sua lesão nos ligamentos do joelho aconteceu em 2006. Foi cirurgiado na sexta e agora terá que passar por um período de seis meses em sessões de fisioterapia. “O trabalho do PM exige muito esforço físico e a lesão me impossibilitou de seguir. Agradeço ao governo por ter me dado essa oportunidade de fazer a cirurgia aqui. Se fosse viajar para Rio Branco, seria mais difícil. Acho que os gastos seriam maiores, e ainda teria o problema de a gente ficar longe da família.”

A técnica de enfermagem Maria Ana de Oliveira Costa está duplamente satisfeita com a parceria Itinerante/TFD. O filho Laurinês estava internado no sábado, pronto, para a cirurgia, enquanto o marido, Laurindo, que tem um caso mais grave, ainda está aguardando a decisão dos médicos para saber se vai ser cirurgiado em Rio Branco ou em outro Estado.

“Na verdade, estou pedindo a Deus que seja em Rio Branco, porque é mais perto e tenho uma filha lá, mas estou preparada para o que der e vier. Meu filho vai ser operado hoje e confio em Deus que tudo vai dar certo. Esse trabalho que o governo está realizando é de primeira linha. Se fosse deslocar todos esses pacientes para fora, seria bem pior do que trazer os profissionais para cá. Lá o sofrimento é bem maior para os pacientes porque não conhecem nada. Estou bem feliz e certa de que esse trabalho vai continuar e dar ajuda àqueles que precisam”, disse.

Jornada em Mâncio Lima

Em Mâncio Lima aconteceu na sexta e sábado uma jornada normal do Itinerante, com 14 médicos das especialidades de cardiologia, ginecologia, pediatria, dermatologia, gastroendoscopia, ultrassonografia, psiquiatria, geriatria e infectologia. Segundo a coordenadora da Divisão de Saúde Itinerante da Secretaria de Saúde, Celene Maia, foram atendidas cerca de 800 pessoas nos dois dias, além dos 300 exames realizados.

A terceira frente de atendimentos se deu no Hospital da Mulher e da Criança, onde dois médicos realizaram laqueaduras pelo Programa de Planejamento Familiar, do governo federal. Celene destaca que as pacientes seguiram todo um protocolo de planejamento, lançado em Cruzeiro do Sul em março. Em Cruzeiro do Sul há realização de laqueaduras de rotina, mas, segundo Celene, o objetivo da parceria com o Itinerante é diminuir o tempo de espera.

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