A era da globalização econômica e tecnológica intensificou as relações sociais, políticas e educacionais em todo o globo. No campo educacional, cada vez mais pessoas e grupos de regiões diferentes entram em contato direto, trocando e vivenciando experiências bem sucedidas.
É com esse pensamento que o cônsul Geral do Peru no Acre, Jesus Carranza, acompanhado do cônsul adjunto Sandro Baldarrago, visitou o secretário de Estado de Educação, Daniel Zen, para tratarem de assuntos relacionados à educação nos dois países. Esta visita dá continuidade ao que foi acordado no Seminário Internacional “Desenvolvimento Econômico Integrado Sustentável na Pan-Amazônia Sudoeste (Brasil, Bolívia e Peru)”, realizado em junho deste ano, pelo governo do Estado.
Durante o seminário, foi recomendado às autoridades do Setor de Educação a oferta, no contraturno, do ensino fundamental e médio do ensino da língua portuguesa, no Peru, e da língua espanhola, no Brasil, nas zonas fronteiriças, assim como o ensino das línguas nativas. O primeiro passo neste sentido, dado pela Secretaria de Estado de Educação e Esporte, é a construção de quatro Centros de Ensino de Línguas (CEL), nas cidades fronteiriças de Plácido de Castro, Brasiléia, Epitaciolândia e Assis Brasil.
O cônsul Jesus Carranza afirmou acreditar na integração subnacional e citou 14 acordos entre os governos brasileiro e peruano, firmados na gestão dos ex-presidentes Lula e Allan Garcia. “Esses acordos têm possibilitado que muito seja feito pelos dois países em prol da integração e desenvolvimento.”
O Seminário Internacional discutiu assuntos como a Integração econômica, comercial e turística; Facilitação do trânsito na passagem da fronteira; Logística interconexão ferroviária e aérea; Integração energética; Meio Ambiente e desenvolvimento sustentável; Educação; Cultura, dentre outros. Na oportunidade, as pastas específicas se comprometeram a colocar em prática o que foi acordado na ocasião.
Na área específica de Educação alguns itens foram sugeridos aos três países, dentre eles, o de facilitar o ingresso e o reconhecimento dos estudos em nível de ensino médio e universitário entre os três países; bem como promover a realização de jogos escolares Inter-amazônicos fronteiriços Brasil, Bolívia e Peru, nos quais permitam a competição desportiva dos estudantes nas diferentes disciplinas.
“Trabalhamos com Programas como o Ciências Sem Fronteira e o Viaja Mais Jovem, que irá possibilitar aos nossos jovens a possibilidade de conhecerem os países vizinhos. Estamos estudando também para 2013 desenvolver um programa de intercâmbio com gestores e alunos das nossas escolas em cidades como Arequipa, no Peru. Além da troca de experiência, a ideia é conhecer o sistema educacional desses países”, afirma Daniel Zen.
Sem esquecer as ações esportivas, as autoridades cogitaram a realização de projetos que permitam a competição triangular entre Brasil, Bolívia e Peru. Para a operacionalização das ações, tanto Daniel Zen como Jesus Carranza, se comprometeram em criar um grupo de trabalho para dar continuidade ao que foi acordado.